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sexta-feira, dezembro 5, 2025

O clã da Linguiça de Maracaju e da vaca-papel no banco dos réus

Entre notas frias e vaca-papel, a aristocracia tucana do MS volta a tropeçar no banco dos réus

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A Justiça de Mato Grosso do Sul voltou a colocar sob os holofotes o nome do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), considerado a maior liderança política do estado na atualidade. Apontado como “chefe” de um esquema de propina milionário envolvendo a JBS, Azambuja teve o processo desmembrado e seguirá sendo julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em razão de prerrogativa de foro ligada ao cargo de governador, exercido por dois mandatos consecutivos, de 2015 a 2022.

Entre os 21 réus da mesma denúncia, agora finalmente aceita pelo Tribunal de Justiça, está o deputado estadual José Roberto Teixeira (PSDB), o Zé Teixeira, reconhecido como a maior liderança política e o deputado de Dourados mais longevo em mandatos consecutivos da Assembleia Legislativa. Zé Teixeira chegou a ser preso quando do estouro da denúncia, mas ficou poucos dias na cadeia.

A decisão foi publicada no último dia 15, quase sete anos depois da denúncia original ter sido protocolada no STJ e só nesta sexta-feira veio à tona, no MS-TV Segunda Edição, o principal jornal da TV Morena. Os réus são acusados na Operação Vostok por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

Além de Zé Teixeira, figuram na lista o filho do ex-governador, Rodrigo Souza e Silva; o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Márcio Campos Monteiro; o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra Ribeiro; além de empresários e outros nomes da elite política e econômica sul-mato-grossense.

Lista completa de réus:
Antônio Celso Cortez
Cristiane Andréia de Carvalho dos Santos
Daniel Chramosta
Daniel de Souza Ferreira
Elvio Rodrigues
Francisco Carlos Freire de Oliveira
Gabriela de Azambuja Silva Miranda
Ivanildo da Cunha Miranda
João Roberto Baird
José Ricardo Gutti Guimaro
José Roberto Teixeira
Léo Renato Miranda
Márcio Campos Monteiro
Miltro Rodrigues Pereira
Nelson Cintra Ribeiro
Osvane Aparecido Ramos
Pavel Chramosta
Roberto de Oliveira Silva Júnior
Rodrigo Souza e Silva
Rubens Massahiro Matsuda
Zelito Alves Ribeiro

Segundo a denúncia, os pagamentos da JBS — estimados em R$ 67,8 milhões — visavam garantir benefícios fiscais e eram “lavados” por meio de doações de campanha, emissão de notas frias simulando venda de gado e pagamentos em espécie a intermediários.

Os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, chegaram a ser investigados, mas tiveram o processo arquivado após acordo de delação premiada com o STF.

As defesas dos acusados reafirmaram confiança na absolvição, alegando que o recebimento da denúncia é apenas fase inicial do processo e não significa condenação.

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