À frente da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) desde 2023, o professor Tiago Botelho tem dado novo significado ao verbo “entregar”. Nesta sexta-feira (24), ele comanda em Campo Grande, no Teatro Glauce Rocha da UFMS, um ato público com as ministras Simone Tebet e Esther Dweck, simbolizando a destinação de R$ 100 milhões em imóveis da União a projetos de educação, reforma agrária, cultura, inclusão social e desenvolvimento regional.
Sob o guarda-chuva do programa Imóvel da Gente, Botelho tem conduzido a democratização do uso de bens públicos ociosos, promovendo uma interiorização rara em tempos de centralismo e gabinete. As destinações — deliberadas em fóruns participativos com governo, universidades e movimentos sociais — incluem desde áreas para escolas indígenas e instituições de ensino até terrenos voltados à reforma agrária no Cone-Sul.
O evento, que contará também com o governador Eduardo Riedel, prefeitos e parlamentares, marca a maior entrega da história da SPU/MS em 170 anos de existência.
Em tom de missão, Botelho resume: “A democratização dos imóveis da União é um instrumento para fazer justiça territorial e garantir que o desenvolvimento chegue a todos.”
E, ao que parece, o governo tenta abrir as portas do país pela fechadura certa — ainda que precise de cerimônia para cada chave.
