A partir de 2026, cada vereador de Dourados terá R$ 60 mil obrigatórios para investir exclusivamente na saúde pública — dinheiro carimbado, que não pode ser desviado para outras áreas nem virar promessa vazia. O valor faz parte das chamadas emendas impositivas, que agora passam a seguir novas regras aprovadas pela Câmara Municipal nesta segunda-feira (1º).
O montante total reservado para a saúde chega a R$ 1,26 milhão, resultado da decisão de que 40% das emendas de cada um dos 21 vereadores serão direcionados para o setor. Como o valor anual disponível para cada parlamentar subirá de R$ 100 mil para R$ 150 mil, os R$ 60 mil para a saúde saem dessa nova conta.
Os outros R$ 90 mil por vereador poderão ir para áreas como educação, assistência social, segurança pública, cultura, esporte, defesa civil, proteção animal, meio ambiente e agricultura familiar — esses dois últimos incluídos agora entre os setores que podem receber recursos.
As emendas para o Orçamento de 2026 ainda serão votadas nas próximas sessões, mas a regra já está definida: saúde passa na frente.
Segundo o vereador Márcio Pudim (PSDB), líder do prefeito Marçal Filho, essa mudança atende uma cobrança antiga da população por investimentos mais constantes e previsíveis no setor.
A Câmara aproveitou o calendário encurtado pelo feriado da próxima segunda-feira (8), Dia de Nossa Senhora Imaculada Conceição, para realizar duas sessões no mesmo dia (a 43ª e a 44ª do ano). Ao todo, além das regras das emendas impositivas, os vereadores aprovaram outros 47 projetos.
