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segunda-feira, junho 16, 2025

As pérolas dos internautas e a bicuda do Bonner

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15/12/2011 – 11:12

 

Imperdoável, Bonner, para o constrangimento de Poeta. 

Nos estúdios da Rádio Clube de Dourados ouvia sempre de meu mestre José Guerreiro, pra quem não sabe o Velho Tatau, que um dos mais feios erros de português é o de concordância. Não aprendida a lição, alguns anos depois quase fui enxotado por outro grande mestre, Arceno Athas, do cargo de chefe de redação da TV Morena por causa de um “está faltando vagões”, não lembro onde, logo na abertura do “Jornal das Sete”. Por isso, meio que traumatizado, cuido muito deste pequeno detalhe em minhas sempre mal traçadas linhas, daí o susto com a bicuda de William Bonner no texto de abertura do Jornal Nacional de ontem, quando ele lascou que “o IBGE divulgou alguns dados que mostram a relação entre as riquezas produzidas pelo Brasil e como ela é distribuída”, para o constrangimento de sua nova colega de bancada Patrícia Poeta.

Erros desse tipo são comuns, principalmente quando se faz televisão “ao vivo”, o que não é bem o caso do telejornal de maior audiência do Brasil, já que o script, ou roteiro, é redigido sempre antes. Mesmo naquelas entradas “ao vivo”, em que acontecem as maiores derrapadas, os repórteres, principalmente os “globais”, estão lendo ou decoraram o texto minutos antes, um hercúleo esforço de produção e de direção para que o telespectador receba a informação sempre correta e completa, por todos os seus ângulos, já que são transmitidas por profissionais bem formados e muito bem pagos.

Essa peroração toda, como diria o internauta, também homem de televisão, e leitor assíduo do blog, Orlando Pascotto, lá no interior de São Paulo, é para justificar o porquê da “censura” a alguns textos dos internautas que me ajudam a fazer este blog no dia a dia. Tardiamente, cansado de levar processo por alguns desses comentários (daqui a pouco tenho mais uma audiência no Juizado Especial, não sei com quem nem por que tipo de crime que possa ter cometido) e também por causa do “analfabetismo” explícito editei um aviso com algumas normas para publicação, informando que “o blog tem o maior interesse e se sente lisonjeado com a participação do internauta, mas não se obriga à publicação de comentários contendo termos vulgares, palavrões ou ofensas, além daqueles que, com o propósito de tentar disfarçar a autoria, agridam a língua portuguesa”, dando uma colher de chá aos menos dotados de escolaridade, entre os quais me incluo, informando que “simples erros de português não impedem as publicações, desde que inteligíveis”.

Tudo bem que o texto lido por William Bonner no JN de ontem estava inteligível, mas feio uma barbaridade, chegando a zunir no ouvido de quem aprendeu à custa de muita chapuletada. Por isso, é exigir demais do blogueiro a publicação comentários que além desses horrorosos erros de concordância ainda contenham pérolas como “Dourados presiza de mudança”, quando quem precisa aprender o mínimo é o dito cujo do escrevinhador ou o de outras como a de alguém que teve a petulância de se intitular professor, escrevendo que “está faltando suplimento” numa repartição pública. Pior que isso, só mesmo os que insistem em cobrar o pleno funcionamento do “aéreoporto” municipal ou aqueles cuja língua enrolada (só pode ser! pois tem até propaganda gravada assim no rádio) insiste em pronunciar avenida “Wermar” Torres. E o “sugeito” ainda reclama quando o texto é deletado.

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