12/05/2015 – 10h40
Diz o velho dito popular: quem não arrisca não petisca. Para dar sentido à atitude da vereadora ainda peemedebista Délia Razuk, que acaba de chutar o balde da sucessão municipal, sem querer, querendo, abusar dos adágios, não tem como não inverter um dos mais famosos deles – o de que por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher. No caso em tela (alas, JC Torraca!), além de um grande homem por trás da candidata à sucessão de Zauith há um exímio jogador – o maridão, ex-deputado Roberto Razuk, mais ativo que nunca na arte da articulação política.
São Tomé
Quem sabe agora André Puccinelli toma tento. Foi preciso Délia Razuk convocar à sua aprazível varanda seu ghost writer de confiança e ditar o que era para sair no jornalão do seu Amaral. Em outras palavras: que foi traída pelo cacique peemedebista e que vai pra briga. Venha quem vier, custe o que custar. Partido? É o que menos importa. O povo está de saco cheio desse negócio de políticos e de partido. Ela aposta tudo em sua história e em seu trabalho social.
E agora Gegê?
O precoce lançamento da candidatura de Délia Razuk deixa a coisa desarrumada, como diz Lourival Mesquita Ramos, no PMDB. Sim, porque isso obriga o deputado Geraldo Resende a rever seus planos e traçar nova estratégia, já que esperava uma composição com a vereadora ou derrotá-la na convenção e constrangê-la a apoiá-lo. Em último caso, eliminando uma concorrente de peso.
Alô você
Pior para Geraldo Resende: depois da paquera malsucedida com Keliana Fernandes, que, nem bem chegado o minuano parece ter aceitado o convite para brincar de porco-espinho com o grande amor de sua vida, o telefone vermelho do casarão da João Cândido Câmara parece andar tocando direto para último andar do prédio das Araras.
Titio Zeca
Pior? Geraldo Resende não viu e não sabe de nada ainda! De repente, depois de traído pelo amigo Puccinelli, bateu uma saudade daquelas em Roberto Razuk, dos tempos em que era deputado estadual com Zeca do PT…
Pra acabá
De sua confortável condição de dono dos votos do PT em Dourados o professor José Laerte Cecílio Tetila, se não orienta, também não veta seus ex-assessores na Assembleia de procurarem abrigo no gabinete de Délia Razuk.
Água Limpa
Largar na frente não significa chegar à frente, mas não custa apostar noutro velho ditado. E, assim, Délia Razuk obriga os marmanjos interessados na sucessão de Murilo Zauith a tomarem uma atitude. Além de Geraldo Resende, que manda dizer que não é candidato, mas não sai dos bairros, com seu Datashow, explicando tudo o que fez desde o Big Bang até aqui; José Carlos Barbosa, com o ônus de vender a administração Murilo, mas já de botina e calça rancheira novas, e Adão Parizotto, em seu interminável nhenhenhém, esperando que Paulo Campione libere o milagroso sebo de grilo para passar nas canelas. Tirante, claro, os chatos dos nanicos de sempre.
O tempo passa, o tempo voa…
O governador Reinaldo Azambuja deu ordens expressas: Valdenir Machado deve se recolher à insignificância de sua sinecura, pelo menos até que se encontre no espólio do falido Bamerindus a lâmina do borrachudo aqui mostrado para se confirmar o destinatário dos sessenta paus de mensalão da Assembleia. Enquanto isso Maurício Peralta deve se efetivar no comando do PSDB douradense, que realiza convenção no próximo final de semana, já com vistas, também, às eleições do ano que vem.
Baile da Ilha Fiscal?
Não, não vou escrever nada. A foto distribuída pela assessoria do prefeito Murilo, anunciando ao secretariado corte de gastos para salvar a saúde de Dourados, diz tudo:

