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quinta-feira, abril 25, 2024

A carapuça lançada por Riedel, e a cena roubada por Lia Nogueira etc

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A semana outonal que pela previsão da meteorologia parecia ser fresca acabou quente depois uma declaração, na segunda-feira, do pré-candidato a governador Eduardo Riedel, contendo uma carapuça, sabe-se lá para quem, ao afirmar que não quer um vice-governador decorativo. E para esquentar ainda mais o clima nos bastidores, aí já no vislumbre da dança das cadeiras da Assembleia Legislativa, a sempre polêmica vereadora Lia Nogueira roubando a cena numa estrondosa manifestação de apoio de vereadores de todo o estado, ao mesmo Riedel. Depois de explicar que ficou conhecida na TV como o “bichão do MS” porque vai pra cima da bandidagem sem dó nem piedade, alfinetou o prefeito douradense Alan Guedes, seu principal adversário político, dizendo que para ela o governador Reinaldo Azambuja, patrono de sua candidatura a deputada e a quem chamou de “Reinaldão”, é o melhor prefeito que Dourados já teve nos últimos tempos. A mesma Lia Nogueira que ao se filiar ao PSDB para disputar uma cadeira de deputada estadual disse que não iria servir de escada para ninguém, mesmo sabendo que terá pela frente, no partido, “feras” como o presidente da Casa, Paulo Corrêa, e o velho cacique Zé Teixeira, entre outros.

Crise em dose dupla – Tanto a declaração de Riedel quanto a de Lia Nogueira mexem ainda mais nos já conturbados bastidores da política douradense no momento em que, como toda véspera de eleição estadual, cresce o anseio por um melhor posicionamento das tais lideranças da terra de seu Marcelino no contexto político estadual.

Incógnita – Pelos resquícios da crise provocada com a demissão de Murilo Zauith da secretaria de Infraestrutura do estado, ainda mais porque foi o próprio Riedel o substituto, poderia se dizer que a carapuça foi para o vice. O que seria uma injustiça, já que Riedel foi o maior beneficiário daquilo para Zauith era uma obsessão, como secretário – o recomeço e quase término das obras do Aquário do Pantanal.

É ela? – Pegando carona no mote de campanha da deputada Rose Modesto, que mesmo sendo uma das principais aliadas de Azambuja rebelou-se e se lançou candidata contra Riedel, poderia servir-lhe a carapuça, não fosse o fato de que quando vice-governadora, também de Azambuja, ela teve seu trabalho destacado como secretária de Assistência Social, implantando projetos que hoje alavancam sua candidatura ao governo.

Pressão – Nessa linha de raciocínio há quem também garanta que este foi o jeito de Eduardo Riedel sinalizar que é exatamente o contrário, que como Rose Modesto já provou ser tão boa de trabalho como é de voto, que a vaga de vice-governador ainda pode ser dela. Ou a de suplente de senador, já que na mesma declaração o pré-candidato avançou a seara de Tereza Cristina para dizer que a vaga de suplente também está aberta.

Rememorando – Bem, se a carapuça não serve em Murilo Zauith nem em Rose Modesto e, sendo Dourados tida como a capital dos vices e suplentes, será que Riedel poderia estar se referindo a um dos ex-vices da terra de seu Marcelino? Sim, porque sujeito polido como parece ser, ele não cometeria a indelicadeza de se insurgir contra Simone Tebet, vice-governadora no segundo mandato de André Puccinelli, mas hoje aliada de Azambuja, principalmente pelo fato dela ser a presidenciável que enche de orgulho a classe política mato-grossense do Sul, em cujo palanque Riedel pode vir a subir.

Takimoto – Como o nome de George Takimoto voltou à baila, mais por ser um dos principais entusiastas da candidatura de André Puccinelli do que por se colocar como candidato a deputado estadual, talvez tenha sido para ele a carapuça. Neste caso, Riedel adiantando-se a qualquer eventual pleito de alguém que queira apontar um candidato a vice de Dourados para, de novo, instalar uma vice-governadoria na cidade apenas para servir de cabide de emprego, como Marcelo Miranda fez com seu vice Takimoto.

Braz Melo – Uma injustiça, também, de Eduardo Riedel, caso a carapuça tenha sido para o ex-vice-governador Braz Melo, só porque o ex-prefeito é outro que está na linha-de-frente da campanha de André Puccinelli. Nos dois anos em que foi vice-governador de Wilson Martins, antes do retorno à prefeitura de Dourados, coube a Braz a coordenação do Mercosul, na fase embrionária do bloco de países sul americanos. Só por isso, não merecendo essa condição de vice decorativo.

Murilo Zauith – Considerando-se, ainda, esse princípio retroativo e sendo, mesmo, o recado ao atual vice-governador, pelas divergências com o titular do cargo, embora essa não seja uma briga com Riedel, pode ser que o candidato tucano esteja se referindo ao primeiro período de Zauith como vice-governador, de André Puccinelli. Mas, aí, se foi decorativo, cabendo lembrar uma piadinha do próprio Puccinelli, quando precisou viajar, deixando o vice com a caneta na mão. Mas, segundo ele, sem tinta.

Música no Fantástico – Não à toa o “aviso” de Eduardo Riedel aos interessados nas candidaturas a vice-governador dele ou a suplente de senador de Tereza Cristina coincidiu com o vazamento da informação de uma terceira recandidatura de Murilo Zauith a vice-governador. Só que de Rose Modesto.

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