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segunda-feira, julho 8, 2024

Alan Guedes sobe o tom do discurso de campanha começa a contra-atacar os adversários

O prometido contra-ataque do prefeito antecede a fase decisiva das convenções partidárias que definirão seus adversários

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“Conversa fiada de rádio não resolve problema de médicos; live não resolve o problema de entrega de escritura”. Foi assim, de forma incisiva, que o prefeito Alan Guedes avisou aos adversários que para ele chega, que agora é chumbo trocado. Não se sabe a quem ele estava se referindo, se ao provável candidato tucano, o radialista Marçal Filho, se à colega de microfone do adversário, deputada Lia Nogueira, sua visceral adversária, ou à também radialista, a vereadora Tânia Cristina, que até pouco tempo trabalhava em seu gabinete mas mudou de lado, passando a fazer oposição na Câmara, e, de forma estridente, nas lives que faz enquanto roda a periferia, no que parece ser uma desesperada tentativa de conseguir um mandato como titular, já que por enquanto é apenas suplente de vereadora.

Nenhuma surpresa para quem acompanha o ContrapontoMS. Numa conversa informal em seu gabinete na Expoagro, o prefeito já havia avisado que para ele a campanha começaria em primeiro de julho, prazo em que os radialistas candidatos precisaram deixar o microfone para poder disputar as eleições, acrescentando que estava ávido por esse dia e, principalmente, pelo início do horário eleitoral no rádio, onde todos terão tempo determinado pela Justiça Eleitoral e com o devido direito de respostas em caso de críticas infundadas ou ofensas, o que ele definiu como a “hora da verdade”.

Elegante, como sempre, naquela ocasião Alan Guedes se referiu ao provável candidato tucano Marçal Filho como “seu amigo e confidente” dos tempos que qualificou como “difíceis” para o radialista que recomeçava a carreira política do zero, voltando a ser vereador depois de quatro mandatos como deputado federal, dois deles como suplente. Essa resenha era para falar de seu estranhamento pelo tanto que vinha “apanhando”, como prefeito, na emissora do amigo Marçal, “amnésia” que só podia ser atribuída a algum tipo de recalque ou, pior, segundo ele, já em função das estratégias para tentar ocupar sua cadeira na prefeitura.

Pode parecer coincidência, mas a subida de tom do discurso de Alan Guedes foi durante um evento no início da semana no Complexo Esportivo que leva o nome do padrinho de rádio e também de batismo, como tal grande ídolo de Marçal Filho, o também radialista Jorge Antônio Salomão. Lá atrás “seu Jorge”, como era conhecido o velho dono da Rádio Clube de Dourados, foi o maior crítico de todos os políticos de Dourados. E foi assim, tal qual o afilhado, que virou prefeito, mas advindo daí a má reputação dos radialistas como administradores, a exemplo do que aconteceu mais recentemente em Campo Grande com Alcides Bernal.

Outro recado, nas entrelinhas. Um discurso duro, com endereço certo, num palanque recheado de pré-candidatos apoiadores momentâneos e circunstanciais de Marçal Filho, entre eles o presidente da Câmara, Laudir Munaretto, e vários de seus pares, todos da base aliada do prefeito na Câmara. Daí à convicção de Alan Guedes quanto ao sucesso de seu projeto de reeleição. Lembrando, a propósito, o recado a esses mesmos vereadores, numa foto, ainda recente, dele mostrando um celular no qual dizia ter muitas verdades guardadas para revelar na hora certa, sob a advertência de que no Jaguaribe “tem muita gente séria, mas também muitos que não são sérios”.

Depois de dar o tom do discurso de campanha – “Conversa fiada de rádio não resolve problema de médicos; live não resolve o problema de entrega de escritura”, o prefeito Alan Guedes disse que “as obras que estamos  entregando agora não começaram ontem”, pedindo uma reflexão sobre “o que eles nos entregaram”, numa referência às dívidas, aos escândalos e ao descrédito da prefeitura, mas principalmente, sobre a situação de calamidade em que se encontrava a cidade. “Se demoramos pra fazer é porque eles entregaram de uma forma que não tinha como fazer, mas nossa equipe provou que é competente e que dá pra fazer”, disse, numa referência à antecessora, Délia Razuk, outra que, agora, é tida como apoiadora de Marçal Filho.

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