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quinta-feira, novembro 28, 2024

Israel realiza mais de 500 ataques aéreos a Gaza e atinge campo de refugiados; número de vítimas é incerto

Forças Armadas de Israel planejam ataque terrestre massivo em Gaza durante as próximas 48 horas

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Os combates entre o Exército de Israel e os guerrilheiros do Hamas continuam, nesta segunda-feira, quando autoridades israelenses afirmam ter retomado todas as localidades invadidas por extremistas palestinos no sul do país e o número de mortos no conflito se acerca dos 1.200. Israel lançou mais de 500 ataques aéreos e de artilharia contra Gaza, com ao menos um deles atingindo um campo de refugiados no norte do enclave. O número de mortos no bombardeio é incerto. Segundo o jornal The Washington Post, as forças israelenses planejam ataque terrestre massivo em Gaza nas próximas 48 horas.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou na manhã desta segunda que os militares fazem um “cerco completo total” à Faixa de Gaza, cujas fronteiras leste e sul são compartilhadas com o país.

— Ordenei um cerco completo à Faixa de Gaza. Não haverá eletricidade, nem comida, nem combustível, tudo está fechado — disse Gallant . — Estamos lutando contra humanos selvagens, e agiremos de acordo.

Embora os relatos de bombardeios de alvos civis em Gaza venham se multiplicando — algo que analistas já antecipavam, considerando a certeza da reação dura de Israel e que as posições do Hamas se confundem com áreas civis —, o governo israelense afirma que alvos estratégicos foram atingidos.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que, apenas nas últimas horas, posições do Hamas e da Jihad Islâmica, como armazéns de armas e munições, túneis subterrâneos e dois quarteis dos extremistas — um deles dentro de uma mesquita — teriam sido destruídas. De acordo com a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNWRA), uma escola que servia de abrigo para 225 pessoas foi atingida, ficando com a estrutura comprometida. Ninguém morreu no ataque específico.

O principal porta-voz das IDF, o contra-almirante Daniel Hagari, ameaçou o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e afirmou que “todas as posições” do grupo radical são “atacáveis”.

— Yahya Sinwar é o comandante [do ataque terrorista e é um homem morto —disse Hagari em conferência de imprensa. — A liderança militar e política do Hamas, todos os seus ativos, são atacáveis e estão condenados.

Mapa mostra dimensão dos ataques do Hamas contra Israel — Foto: Editoria de arte
Mapa mostra dimensão dos ataques do Hamas contra Israel — Foto: Editoria de arte

Os esforços da contraofensiva israelense se concentram principalmente na recuperação de uma centena de cidadãos, tanto militares quanto civis, capturados pelo Hamas durante sua curta invasão. Em meio aos ataques aéreos, porém, os bombardeios israelenses em Gaza teriam vitimado alguns dos reféns, de acordo com a liderança do Hamas.

Um porta-voz das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, do Hamas, disse que o bombardeio de Israel na Faixa de Gaza matou quatro reféns israelenses.

“O bombardeamento da ocupação esta noite e hoje na Faixa de Gaza levou à morte de quatro prisioneiros inimigos e ao martírio dos seus captores, os Qassam Mujahideen”, escreveu Abu Obeida em uma publicação no seu canal Telegram.

O grupo extremista também continuou a atacar o território de Israel. De acordo com o jornal The Times of Israel, bombardeios atingiram diferentes posições do país entre domingo e segunda, incluindo cidades como Jerusalém e Tel Aviv, com um foguete explodindo perto do Aeroporto Internacional Ben Gurion. Um drone lançado de Gaza foi interceptado pelas forças israelenses, assim como um carro do Hamas que teria tentado cruzar a fronteira, segundo as forças armadas.

Foguetes disparados contra as cidades de Ashdod e Ashkelon também atingiram áreas civis israelenses, ferindo ao menos quatro pessoas, de acordo com serviços de saúde de Israel.

Trezentos mil reservistas foram convocados pelo governo israelense para reforçar as forças de defesa, enquanto homens e tanques se concentram no sul do país. Uma invasão terrestre deve acontecer em breve, o que pode ampliar ainda mais o número de vítimas.

Por AFP — Faixa de Gaza

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