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terça-feira, fevereiro 4, 2025

A explicação para a demora no anúncio do secretariado de Marçal Filho

Cuidado do prefeito eleito com a divulgação dos nomes tem intrigado apoiadores

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Quando se relembra aqui a Operação Uragano (e de carona as operações Brothers e Owari) – a maior devassa contra a corrupção já feita pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, com a prisão do prefeito de Dourados, Ari Artuzi; de seu vice, Carlinhos Cantor; da maioria do secretariado e dos vereadores – a intenção é exatamente refrescar, que seja, a memória do prefeito eleito Marçal Filho. Isto, para que ele não caia em tentação, já que vai assumir a prefeitura não só com a responsabilidade de ser um bom prefeito, mas o melhor prefeito da história da terra de seu Marcelino. Não apenas pela condição de crítico de todas as administrações, como radialista, mas de crítico e fiscalizador severo como vereador por dois mandatos, deputado estadual e deputado federal por quatro mandatos.

Responsabilidade que começa pela escolha do secretariado e pela postura que deverá ter nas negociações com a Câmara Municipal. No secretariado, não indicando quem quer que seja que tenha tido a mínima ligação com este passado de tão tenebroso. Da mesma forma com a Câmara, evitando o toma lá dá cá com a desculpa de garantir a tal da “governabilidade” que levou Artuzi à derrocada. Até porque a falta de questionamento e reflexão, diante da concordância unânime anula a verdadeira sabedoria, só possível com debate e diversidade de opiniões. Daí, à genialidade do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues ao cunhar a expressão “toda unanimidade é burra”. “Santa” Cavala! – a dona do bordel – e “são” Franklin – o defensor da causa LGBTQIAPN+ – respectivamente os dois vereadores mais votados, quem sabe, por uma obra do destino, providencialmente eleitos para salvar Marçal Filho desse pecado que pode ser mortal!

Cavala, pela necessidade – também sob pena de morte política prematura – de manter a coerência do discurso contra a corrupção e pela salvação da Saúde dos douradenses; Franklin, também estreante na lida parlamentar, por sua coerência e com um futuro político pela frente, na condição de grande esperança da esquerda num momento em que o “orgulho” direitista no Brasil é uma questão de sobrevivência.

O que é bom para Marçal Filho, pelo que tudo indica, devido a compromissos de campanha, não tendo como se livrar desta triste sina, mesclando seu secretariado com algumas figuras carimbadas de administrações anteriores, que deram tanto o que falar, até pelos métodos rudimentares de pôr, literalmente, as mãos no produto do roubo da coisa pública. Aqueles famigerados “retornos”. Como, por exemplo, de um dos bambambãs que está para voltar, flagrado um belo dia pegando uma sacola com dinheiro de propina deixada por um empreiteiro muito conhecido num container de lixo em frente da escola Menodora Fialho de Figueiredo. Dinheiro, que seria de superfaturamento de obras. Isto, já no pós-Uragano, depois da história de que o então secretário de governo de Artuzi, o jornalista Eleandro Passaia, teria sido surpreendido, também com uma sacola de dinheiro, pela Polícia Federal, por isso passando à condição de delator e, assim, escancarando o modus operandi de cooptação de vereadores e secretários por empresários corruptos.

Talvez por isso a “demora” no anúncio do futuro secretariado. Alguns que até já começaram a trabalhar antes mesmo da posse. Uma tentativa de Marçal de mostrar a que veio, mas sem muito alarde, sem superestimar o anúncio da equipe – uma vacina para quem está consciente do impacto que isto terá antes mesmo da assunção. Da mesma forma como está passando ao longe da confusão da escolha da eleição da futura mesa da câmara. Muito mais para lá na frente, dando m…, ele poder reforçar sua condição de democrata que não interferiu no legislativo, com o discurso do “quem pariu Matheus que o embale”.

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