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sexta-feira, abril 26, 2024

Também na política tamanho não é documento

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07/07/2021 – 07h55

A determinação que continua sobrando em Barbosinha num contraponto à pusilanimidade de Alan Guedes

Fiquei pra lá de encafifado quando li ontem o título do release – “Barbosinha propõe que Governo faça investimentos essenciais de infraestrutura em Dourados” – distribuído pela jornalista Luciana Bonfim, competente assessora do deputado que inacreditavelmente foi preterido nas urnas como candidato a prefeito pelo eleitor douradense. De duas uma, ou se tratava de erro de transmissão de arquivos, com um texto antigo, ou havia ali um elementar erro de revisão. Barbosinha pedindo a Azambuja para que “faça investimentos essenciais” em Dourados? Nada que um “mais” antes de investimentos essenciais não esclarecesse a situação, mas num esforço hercúleo para ler até o fim (é trauma dos tempos em que era obrigado a corrigir esse tipo de texto quando assessor de imprensa) cheguei à conclusão que é isto mesmo, que, para Barbosinha, toda a “revolução obreira” que o governo do estado vem realizando ainda é pouco. Sim, ele quer mais!

Para não fugir ao padrão do tamanho do texto não vou relacionar as obras, principalmente de asfalto, que o deputado está pedindo nessa sua última intervenção no Guaicurus. Da mesma forma que não caberia relacionar o grande número de obras ainda em andamento na cidade, obras do governo do estado. Negrito mais que necessário, antes que Alfredo Barbara Neto, o encrencado preposto e sócio de Alan Guedes, comece a faturar politicamente, ante a incompetência do eleito até para isso. Como aproveitando o boom do governo Azambuja/Murilo o deputado Barbosinha se emocionou e resolveu descobrir até algumas bibocas ainda sem asfalto, o blog aproveita o embalo para questionar a necessidade e urgência da duplicação da ligação da Avenida José Roberto Teixeira, trecho entre o final do Parque do parque “Antenor Negrinho Martins Júnior” e a rotatória da Avenida Indaiá. Um crime, a propósito, deixar de fora desse pacote a emblemática Vila Maxwell, cujo asfalto, dos tempos do prefeito José Elias – e lá se vão quarenta e quatro anos – se transformou no tal queijo suíço, sem nenhuma possibilidade de recapeamento.

Este o Barbosinha, franzino, de baixa estatura física, mas visionário, encorpado num ideal político só comparado aos dos grandes líderes do passado que tanto orgulho deram à terra de seu Marcelino. Aliás, continuo achando que só por isso perdeu a eleição, num contraponto ao que parece faltar a Alan Guedes, gigante na estatura, mas, pelo andar da carruagem, já se vislumbrando o menor, o mais estreito em todos os predicados exigidos dos que se credenciam a um cargo de tamanha envergadura. Decepção maior, nem bem chegando já metendo os pés pelas mãos, atordoado, quando veio à tona quão desastrosa fora sua passagem pela Câmara Municipal, depois de descoberta a farra da publicidade. Tão escandalosa que, pelas companhias que escolheu para levar para seu gabinete, perpassa ao seu mandato executivo, deixando digitas que só não vão custar seu mandato em caso de um compadrio que pode ser sem precedentes dos liderados de Laudir Munaretto, desde que prefiram as rentáveis parcerias dos mensalinhos, no caso, das rachadinhas, nos moldes bolsonaristas, ao papel constitucional que a eles cabe como legisladores e fiscalizadores do executivo. Para a tal da tempestade perfeita, só falta Ministério Público continuar se arvorando em partícipe da administração, como fez com Délia Razuk, com a desculpa de se evitar o pior.

Mas, o mais que faltou no título do release de Barbosina é o mesmo que ele precisa para, não se esquecendo de suas raízes políticas, do grande e sisudo professor “totosista” Ediberto Celestino de Oliveira, nas cercanias da pequenina Angélica, mas também não se contentando nem se deixando abalar pela dura lição que aprendeu com o tinhoso eleitorado da ainda provinciana Dourados, com suas linhas e travessões. Daí é só fazer o caminho do chefe Azambuja, que saiu de Maracaju para virar governador, para não repetir Braz Melo e José Elias Moreira, dois dos melhores prefeitos que Dourados teve e que só não viraram governador porque, à época, não conseguiram vislumbrar além do Parque das Nações ou do Cachoeirinha.

A propósito, justiça seja feita a dois outros prefeitos que tiveram a mesma oportunidade e que foram tirados da jogada exatamente por sentirem a possibilidade desse que também é o anseio de todos os habitantes da Grande Dourados: o fenomenal Ari Valdecir Artuzi, cuja retumbante trajetória foi interrompida por razões ainda não bem esclarecidas, pela truculência de sua prisão, quando foi obrigado a renunciar, segundo suas próprias palavras “sob a mira de uma carabina” no presídio federal de Campo Grande, daí para a morte, por um câncer no intestino. Não muito diferente, por suas pretensões de continuar quebrando paradigmas em nível de estado, Murilo Zauith, que, se não fosse quem é, não estaria retornando vivo a Dourados, nos próximos dias, depois de demitido da Secretaria de Infraestrutura, de onde pretendia galgar o governo do Estado. O santo de Azambuja foi mais forte. Acometido pela Covid e suas complicações, está há quase de seis meses no Hospital israelita Albert Einsten, em São Paulo. Nos bastidores, corre a informação de que Alan Guedes só espera o retorno de Zauith para saber quais são as ordens, começando pela nomeação do secretariado titular.

Prefeito Alan Guedes e o deputado José Carlos Barbosinha -Foto: MGSnews

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