20.4 C
Dourados
sexta-feira, março 29, 2024

Sartori debocha da Câmara e reforça indícios de “farra da publicidade” também na prefeitura

- Publicidade -

01/08/2021 – 23h50

Ao sonegar informação oficial a vereador, secretário de governo complica ainda mais a situação de Alan Guedes e Alfredo Barbara

A prefeitura de Dourados está gastando uma nota preta em horário nobre, o mais caro, na TV Morena, para fazer propaganda enganosa. Ao anunciar que Dourados estava com o nome sujo entre os municípios brasileiros e que agora ajustou as contas, como se isso não fosse uma obrigação, sob pena de ter os repasses federais bloqueados, a peça publicitária reforça o conceito da “transparência”. No mínimo, uma imprudência, por se tratar da administração de quem nunca antes na história da terra de seu Marcelino apanhou tanto exatamente pela falta de transparência que possibilitou a “farra da publicidade” nos seus tempos de Jaguaribe. Impossível, pois, de cara, não perguntar: será que a transparência adotada por Alan Guedes na prefeitura é a mesma da câmara municipal?

Ora, o grande feito do prefeito nesses sete meses, mostrado na propaganda que é uma afronta à mais rasa das inteligências, são as faixas de sinalização horizontal sobre a pavimentação das ruas do quadrilátero central, esta, uma grande obra, é verdade, mas do governo do estado. Ademais, descaradamente, as imagens da vacinação contra a Covid, como se isso, também, fosse uma “realização” da prefeitura e não uma imposição da pandemia em nível planetário, não custando lembrar que as vacinas são fornecidas pelo governo federal, chegando até os postos de saúde município por conta de uma bem-montada estrutura também do governo do estado, o que dá ao Mato Grosso do Sul a liderança no ranking nacional como o estado que mais vacina.

Como se vê, o método de transparência adotado por Alan Guedes na prefeitura parece ser o mesmo da câmara. Infelizmente, para os cofres do município. Isto porque ele continua escondendo a sete chaves o quanto está gastando com cada veículo de comunicação. Tal qual acontecia na câmara, onde o grosso dos recursos, agora se sabe, foi destinado ao jornal “diário” MS, dirigido pelo colunista social Alfredo Barbara Neto, sintomaticamente, depois, por ele levado para cuidar da distribuição da verba publicitária da prefeitura, disfarçado de chefe de gabinete. Por isso, e pelo volume de recursos “jogados fora” num jornal à beira da bancarrota, tudo levando a crer que se tratava mesmo de um esquema de “rachadinha” – aquela grana que vai e volta para a autoridade pagadora. Se isso não é ilegal é oceanicamente imoral e esta pecha ninguém tira mais de Alan Guedes.

Não. Não se trata de mais uma denúncia “infundada” dos insubordinados da imprensa. Quem atesta, agora, a falta de transparência na prefeitura é o próprio secretário de governo, Henrique Sartori. Num misto de soberba e hilaridade, em tempos de tecnologia de ponta, quando o virtual se impõe ao presencial, principalmente com advento da Covid-19, Sartori parece viver na época do pombo-correio. Pelo menos é o que se deduz de uma correspondência oficial ao vereador Diogo Castilho, também preocupado com os critérios de distribuição de verbas da publicidade. Incrível: “Solicitamos informações sobre a destinação de valores pagos à empresa Art e Traço Publicidade & Assessoria Eirelli-EPP- empresa licitada, porém, não obtivemos resposta. Nessa toada, encaminhamos ofício via correio para que a referida empresa se manifeste”.

O mais grave dessa missiva de Sartori ao vereador, relatando sua relação com a Agência de Publicidade que cuida da mídia da prefeitura, é que ele acaba tornando pública sua incompetência. Sim, pois como ordenador de despesas é dele, especificamente, a responsabilidade pela boa aplicação dos recursos destinados à publicidade oficial. Se ele, no melhor estilo Lula da Silva “não sabe de nada” quem é que vai saber? Claro, Alfredo Barbara, o interessado direto no rentável negócio. Mais grave ainda é imaginar que, eleito prefeito da segunda maior cidade do estado, Alan Guedes teria tempo para cuidar desse tipo de perfumaria. Sem contar o desperdício de dinheiro público, trazendo um badalado tecnocrata como Sartori, com ascensão meteórica na Esplanada dos Ministérios em Brasília, onde chegou a ministro da educação (mesmo que por uma semana no governo de Michel Temer), para, com nítidas pretensões políticas, retornar à terra natal prometendo fazer e acontecer na administração do amigo de ideais demo-cratas, mas acabando como um simples cicerone do prefeito em suas muitas viagens à capital da República.

Nessa toada, com ou sem Sartori, a vaca vai pro o brejo bem mais cedo que se imaginava. Com corda e tudo!

Henrique Sartori, de ministro da educação a cabo eleitoral, agora, um simples cicerone de Alan Guedes em Brasília

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

Últimas Notícias

- Publicidade-