Nessa sua última visita a Dourados, esta semana, diga-se, uma das raras vezes que esteve no município durante seus sete anos de mandato no Congresso, a senadora emedebista Simone Tebet posou de candidata à presidência da República. Se já era inacessível como senadora, imagine agora. Foi mais uma daquelas visitas relâmpagos, com a desculpa de anunciar alguns caraminguás para entidades sociais, mas, no fundo, para acertar com o governador Reinaldo Azambuja a ida do maridão, Eduardo Rocha, para uma sinecura governamental. Para quem não entendeu a razão da manobra, a única explicação plausível: o barulho todo como provável candidata ao cargo máximo da República ou a também hipotética candidatura a vice de Lula não passa de uma desesperada jogada de marketing, já que reeleição, nem pensar. Para quem deu as costas ao eleitorado estadual, até mesmo uma cadeira na Câmara Federal seria improvável, restando o retorno à Assembleia Legislativa, assim mesmo numa arriscada tentativa de ocupar a vaga que foi do marido. Elementar, meu caro Watson, como dizia o famoso detetive Sherlock Homes.
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