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sábado, abril 20, 2024

Por que até evangélicos começam a desembarcar de Bolsonaro?

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Bolsonaro faz de tudo para conseguir o apoio dos evangélicos. Em 2016, foi batizado no rio Jordão, em Israel, pelo pastor Everaldo Pereira, o mesmo que foi acusado de surrupiar o meu, o seu, o nosso dinheiro.

Hoje, porém, tem muita gente confusa por causa destas pesquisas recentes que mostram Lula liderando entre as intenções de voto dos evangélicos (38% contra 28% do presidente atual, segundo o Ipec). Já nos EUA, nove em cada dez evangélicos (aliás, quase todos “terrivelmente” conservadores) são trumpistas, para citar um santo do altar de Bolsonaro. Por que será?

A cientista política Regina Novaes, grande especialista no tema, considera que no Brasil não existe um “voto evangélico”, mas sim “votos de evangélicos”. Estes variam entre diferentes contextos e conjunturas. Por aqui, diz ela, a igreja interfere no voto, sem dúvida. “Mas este voto pode não acontecer se o eleitor evangélico tiver outras possibilidades à vista”, explica a especialista.

Regina lembra que nossa cultura política é marcada pelo fisiologismo. Edir Macedo, cujo sobrinho Marcelo Crivella foi ministro de Dilma Rouseff, só declarou voto em Bolsonaro em cima das eleições de 2018. “Se o voto evangélico fosse naturalmente conservador, Edir Macedo não poderia se mover como se move no campo da política”, avalia.

Aliás, uma pergunta que não quer calar: O bolsonarista Silas Malafaia, que também já apoiou Lula e o notório Pastor Everaldo, acredita sinceramente em Deus? Cartas para a redação.

Ancelmo Gois – colunista de O Globo

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