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terça-feira, abril 16, 2024

Poeta Thiago de Mello, que lutou pela Amazônia, morre aos 95 anos

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poeta e jornalista amazonense Thiago de Mello morreu nesta sexta-feira, aos 95 anos. A morte foi confirmada pela editora Global, que publicava suas obras.

Nascido em Barreirinha, no interior do Amazonas, é um dos poetas mais conhecidos da região, e cantou em prosa e verso sua luta pela preservação da maior floresta do mundo.

Um de seus poemas mais célebres é “OS Estatutos do Homem”, escrito logo após a instauração do regime militar em 1964, que correu o mundo em várias traduções. O texto começa com os versos “Fica decretado que agora vale a verdade./ agora vale a vida,/ e de mãos dadas,/ marcharemos todos pela vida verdadeira.”

Outro de seus livros mais famosos é “Faz Escuro, Mas Eu Canto: Porque a Manhã Vai Chegar”, publicado no ano seguinte e tendo sua frase-título lembrada como epígrafe na última Bienal de Arte de São Paulo.

Por seu engajamento contra a ditadura, Mello chegou a ser preso e passou anos no exílio, em países como Argentina, Portugal e Chile, onde vivia seu amigo Pablo Neruda, poeta vencedor do Nobel de literatura. Voltou ao Brasil após a restauração da democracia, vivendo sempre no Amazonas.

Durante a década de 1950 e 1960, circulou entre alguns dos maiores autores brasileiros, como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e José Lins do Rêgo.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, há quatro anos, ele comentou que escrevia uma espécie de livro de memórias em que relatava suas impressões sobre esses poetas, assim como de grandes nomes internacionais que conheceu, como Jorge Luis Borges e Gabriel García Márquez.

Poeta Thiago de Mello, que lutou pela Amazônia, morre aos 95 anos
O poeta Thiago de Mello toma banho no rio Andirá, em 2015 – Rodrigo Sombra/Divulgação
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