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sexta-feira, abril 19, 2024

Murilo governador, André o sucessor!

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Mestre das bravatas, o ex-governador André Puccinelli trombeteia aos quatro ventos que é candidato a governador do Mato Grosso do Sul. Para sustentar esse argumento vive mostrando aos áulicos que sobraram pesquisas de opiniões que apontariam seu favoritismo e o raso discurso de que o estado precisa crescer. Mas os fatos vão noutra direção. O mais contundente deles, o acerto de sua mais ilustre companheira de partido, a senadora presidenciável Simone Tebet, com Reinaldo Azambuja, em cujo governo alocou o marido, o deputado Eduardo Rocha. Para ela “é Deus no céu, Azambuja na terra”. Além dela, de namorico também com o governo os deputados emebedistas, os mais assanhados Márcio Fernandes e Renato Câmara. Aliás, a pergunta que não quer calar: o que o próprio André tanto conversa no intramuros do governo com Azambuja?

Mise-en-scène – No fundo, no fundo, garantem aliados de outras épocas, o que André quer é, 1) livrar-se de uma vez por todas dos processos, para não voltar ao xilindró, uma vez que a ação penal em que ele foi absolvido é a de Edson Girotto, ele só pegou carona. 2) não deixar morrer o velho MDB, mantendo, pelo menos, a bancada de deputados estaduais e, se possível, elegendo o ex-senador e fiel escudeiro Waldemir Moka deputado federal. 3) com todo esse salseiro, no melhor estilo Lula da Silva, tentar limpar sua biografia, saindo por cima e evitando uma derrota. Isto, claro, se reunisse as condiçõe$ para bancar uma candidatura majoritária.

Saída honrosa – É que mesmo insinuando-se, ainda, “dono” do estado, André Puccinelli deve ter consciência de que seu tempo passou, e que a cana que pegou por conta da lama-asfáltica e “otras cositas más” foi determinante para esse fim. Como não se pode dizer que não é um político iluminado, pode ser salvo pela legislação que criou a tal federação partidária e mesmo dizendo que não abre mão tem plena consciência de que não tem mais bala na agulha para peitar o tucano Eduardo Riedel num esquemão desses.

Essas mulheres… – Além da “traidora” Simone Tebet, André Puccinelli acumula uma perda ainda maior: sua ex-secretária de Agricultura, Tereza Cristina, por ele eleita deputada federal e, uma vez chegando a Brasília, bandeando-se para o lado de Jair Bolsonaro, de quem é ministra, também da Agricultura, e até cotada como provável candidata a vice do “mito”.

Pá de cal – Falando em mulheres atravessando seu caminho, por essa Puccinelli jamais poderia esperar: encerrar melancolicamente sua carreira como cabo eleitoral de uma “menina” que ele viu crescer em Culturama, distrito de Fátima do Sul, curral eleitoral que ele sempre disputou a tapas com o cacique Londres Machado – a hoje deputada Rose Modesto, um dos principais nomes da lista de “governadoráveis” e, por cargas d’água, vingando a tal da federação, justamente pelo União Brasil, um dos partidos federados com o MDB de Puccinelli e o PSDB de Azambuja. Ou de Riedel!

Jus sperniandi – E não adianta André Puccinelli tentar reencarnar o “animal de pelo curto”, como ele chamava Ari Artuzi (fenômeno eleitoral que deve estar cuidando muito bem dele direito, lá em cima) dizendo que não abre mão de sua candidatura. A menos que – como quando Pedrossian perguntou a Zé Elias Moreira, na última vez em que seu pupilo disputou (para perder pela segunda vez para Braz Melo) a prefeitura de Dourados – ele tenha pelo menos caminhão-palanque. Traduzindo, o tal do esquema, que se resume na maioria de prefeitos, deputados, vereadores e outras tais liderança$ apoiando sua candidatura. Por enquanto, essa turma toda diz, pelo menos da boca pra fora, que apoia Riedel. E por razões mais que óbvias.  

Incógnita – Como só dá Puccinelli hoje na coluna e pra não dizer que não falei do Alan (Guedes, tema do próximo textão), está dando o que falar nas rodas de padarias de Dourados a ida do guru murilista José Jorge Leite Filho, o Zito, à uma reunião emedebista em Campo Grande. Ainda mais pelo tempo em que teria ficado de teretetê com o ex-deputado Junior Mochi, hoje figura exponencial do MDB, que prepara seu triunfal retorno à Assembleia Legislativa. Tudo bem, Zito, como homem forte (lá atrás) de Londres Machado tem livre trânsito em qualquer roda política do estado, mas, a essa altura da pré-campanha eleitoral, estaria falando em nome do vice-governador ou do prefeito que ajudou a eleger e em cuja administração ainda não desistiu de participar?

Murilo governador, André o sucessor!
José Jorge Leite Filho, o Zito, guru de Murilo Zauith e pivô do rompimento entre governador e vice, e Júnior Mochi, um dos poucos emedebistas a continuar firme com André Puccinelli

Murilo governador – A ida de Zito à reunião do manda brasa fica mais intrigante ainda porque ela acontece depois de uma prosa prolongada entre o vice-governador Murilo Zauith e a presidenciável senadora emedebista Simone Tebet e seu marido, o deputado licenciado Eduardo Rocha, secretário de governo de Azambuja. Os ilustres visitantes foram trazidos a Dourados por ninguém menos que Eduardo Riedel. Foi o suficiente para reacender a chama da esperança, de murilistas, de que o chefe ainda vai virar governador daqui para o mês de abril. A questão é: será que Azambuja sabe disso? Como o governador anda conversando bastante com seu antecessor (olha Puccinelli aí de novo!) e como reza a lenda que Zito tem olhos de lince, será que a conversa girou em torno dos futuros governos Zauith e Puccinelli, já que o italiano, apesar de tudo que acabo de escrever, ainda lideraria as pesquisas? Neste caso, André Puccinelli nem precisaria recorrer ao seu milagroso sebo de grilo para passar nas canelas!

Aulinha de jornalismo – Como acabo de ser submetido a mais um procedimento cirúrgico pelo genro (médico-proctologista Luiz Gustavo Schaefer) dela, lembrando aqui, a propósito disso tudo, da colega jornalista Maria Goretti Dal Bosco, atualmente autoridade do Direito Internacional e correndo o mundo fazendo palestras, mas, que antes fez história no jornalismo do Mato Grosso do Sul. Caso continue minha leitora Goretti deve estar soltado um de seus “carinhosos” chavões: “fdp!”, deixou o lead para o final! Claro que deixar a parte mais importante da notícia para o final é um pecado imperdoável e os desavisados merecendo, sempre, uma reprimenda a altura. Daí a necessidade de explicação de uma coisa tão íntima, particular, do redator. E só por estar convalescendo, ainda, que não vou reescrever toda a coluna, por uma questão de técnica de redação que não altera o sentido da boa informação, que acaba de chegar. Por isso que antigamente se usava muito o P.S., ou post scriptum.

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