22 C
Dourados
terça-feira, abril 16, 2024

Murilo sai da toca e reaparece no palanque de Rose Modesto

- Publicidade -

Para quem esperava um chute no balde, por ter sido defenestrado sem dó nem piedade da poderosa secretaria de Infraestrutura pelo governador Reinaldo Azambuja, o vice-governador Murilo Zauith foi apenas protocolar. Partidário. Até porque em momento algum, durante sua fala no ato de filiação de Rose Modesto ao União Brasil ele falou em apoiar a candidatura ao governo da deputada “dissidente”. No máximo, um “estamos juntos”, talvez pelas indefinições do processo eleitoral, com a novidade da federação partidária que pode obrigar três dos potenciais candidatos – a própria Rose Modesto, André Puccinelli e Eduardo Riedel – a tirar no palito o nome de quem vai encabeçar a chapa que seria a oficial.

Para quem não consegue se aquietar sem tirar conclusões precipitadas, o discurso – mais curto que coice de porco – de Zauith pode ser interpretado pelo que de substancial ele falou, ao explicar que estava ali (num esforço sobrenatural) ainda convalescendo da Covid, apenas por uma questão de companheirismo, o que deixou claro ao dirigir-se ao ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta, ao seu lado. Talvez, pela emoção do momento, querendo, mas não conseguindo, dizer que uma das “sequelas” deixadas pela doença foi um coração mais resistente a mágoas e decepções, daí o porquê de não usar a vingança como arma para tentar atingir aqueles que o davam como morto, não apenas politicamente.

Deixando as tergiversações de lado, Murilo Zauith pode, isto sim, estar querendo ser curto e grosso com Reinaldo Azambuja: ou desocupa logo a cadeira ou vai ter guerra. A propósito, corre até uma piada nova nas rodas de padaria, dando conta que Zauith seguia para Campo Grande na semana retrasada, mas resolvendo retornar a Dourados, pois durante a parada na tradicional Água Rica, enquanto comia um pão-de-queijo ouviu o Azambuja, pelo rádio, mais peremptório que nunca, dizendo que não renunciaria ao cargo para disputar qualquer mandato nessas eleições. Mais claro está, aí, que Azambuja fora mal interpretado ao sugerir a seu vice, dias antes, que saísse da toca.

Piadas à parte, decerto já de saco cheio desse negócio de ser coadjuvante, Murilo Zauith foi pragmático ao subir no palanque de Rose Modesto, vislumbrando a possibilidade de transformar outro sonho em realidade – o de ser o primeiro senador, de verdade (Soraya só nasceu na cidade), de Dourados. Melhor ainda, sem pôr a mão no bolso! Para tanto, dependendo da conjuntura nacional, mas podendo estar levando a sério o convite da ministra Tereza Cristina para ser seu suplente na eleição para o Senado. Hipótese reforçada pela declaração do presidente Bolsonaro, numa live, semana passada, garantindo que uma vez reeleito, mesmo eleita senadora Tereza Cristina continuaria no ministério, o que garantiria ao suplente um mandato perene, como está sendo o da ilustre desconhecida Bia Cavassa, de Corumbá, a segunda-suplente de deputado federal que ganhou a cadeira do primeiro-suplente Geraldo Resende, também firme e forte num cargo executivo no governo do estado.

Ao observador mais atento ao palanque de Rose Modesto, apenas uma presença intrigante para jogar por terra todo esse raciocínio – José Jorge Leite Filho, o Zito, guru e companheiro de caminhadas de Zauith em volta do Colégio Imaculada Conceição. Tido como culpado por toda a encrenca que afastou seu chefe do chefe maior, Zito já desfila pela região da Grande Dourados como coordenador da campanha de André Puccinelli. Tudo bem que Zito conseguiu a proeza de comandar, nos bastidores, a campanha de Alan Guedes, para a prefeitura, enquanto Murilo Zauith era a referência maior da campanha de Barbosinha. Para aclarar, pois, a situação, só mesmo esperando para ver em qual palanque vai estar, dessa vez, o onipresente Zito.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

Últimas Notícias

- Publicidade-