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sexta-feira, abril 26, 2024

Marquinhos Trad

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O ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad reagiu com firmeza às elucubrações de que sua candidatura ainda é “negociável”, acusando de forma indireta o governador Reinaldo Azambuja de covarde por não ter feito como ele, renunciando ao governo para continuar exercendo um mandato. “Os que não levam a sério (a candidatura) são os mesmos adversários que não tiveram a coragem de renunciar”, garante.

Tão logo leu aqui, na coluna “Bastidores”, sobre a possibilidade de renunciar também à candidatura, num provável acerto com o governador, Marquinhos ligou para o blogueiro para refutar a informação. Para ele Azambuja já tem candidatos de sobra, para apoiar, citando, pela ordem, Eduardo Riedel, Rose Modesto e até André Puccinelli. Isto, um dia após a desistência de Zeca do PT, tido como o quarto aí nesta lista de nomes até então colocados como alternativas de Azambuja para sua sucessão.

Elegante no trato com o jornalista, o candidato do PSD se prontificou a dar esta entrevista, como forma de por um fim a qualquer tipo de dúvida que porventura ainda paire sobre sua determinação de suceder ao ex-aliado, agora desafeto político. Econômico nas respostas, mas sem deixar de ser contundente, como é seu estilo, antecipando como será o tom que vai dar à campanha.

Sua ousada renúncia, parece que não está sendo levada muito a sério, principalmente pelos adversários, que já preveem um rompimento político com sua sucessora.

Os que não levam a sério são os mesmos adversários que não tiveram a coragem de renunciar. Falta-lhes autoridade até mesmo para torcer contra, porque diante de tantas notícias que motivaram as decisões, prefiro dizer que eles amarelaram.

Toda essa conversa surgiu em razão de prognósticos não tão bons da saúde financeira da prefeitura.

Recebemos Campo Grande em 2016 com resultado fiscal de – 89.053.313,02 e tivemos em 2021 resultado fiscal de + 272.486.044,69 .

Há informações de que o sr. teria extrapolado tetos e até se antecipado em negociações de obras, deixando gastos impagáveis, inclusive com o funcionalismo.

As informações são desprovidas de credibilidade. Deixamos saldo de caixa de +337.188.421,62 com o 13o. Salario já provisionado. Convém registrar que Campo Grande é a terceira capital com menor endividamento.

Por tudo isso, e – o que seria um paradoxo – por sua boa posição nas pesquisas, existe a possibilidade de sua candidatura vir a  ter o apoio do governador Reinaldo Azambuja, ainda no primeiro turno?

Improvável por duas razões: Riedel e Rose. Ambos têm a preferência dele pela ordem respectiva. E, pelo jeito, André viria em terceiro. Mas não lamento estar em último.

Vê perenidade na candidatura Eduardo Riedel, como forma de imposição de um projeto político duradouro ou apenas uma estratégia do governador para negociações, inclusive com o senhor, para fortalecer outro candidato mais alinhado, por exemplo a deputada Rose Modesto?

Não comentarei sobre essas possibilidades porque se trata de questão partidária alheia ao meu partido. Não me parece correto emitir opinião sobre isso.

Como é sua relação com o deputado Lídio Lopes (esposo da prefeifeita Adriane Lopes) que é da base aliada do governador na Assembleia?

Uma relação de sintonia política e de afinidade ideológica. Respeito recíproco e objetivos comuns na política nos unem posto que ambos pensamos na melhoria da qualidade de vida das pessoas. 

Não existe aí o “perigo” de uma mistura do público com o privado?

Lidio é um político íntegro e decente . Não incorreria neste erro.

Falando em família, uma das grandes “acusações” contra sua candidatura é alta predominância dos Trad em postos de destaque da política. Com os irmãos, sobrinhos e afins administram isso?

Não são acusações que devam ser levadas a sério. Da esquerda à direita, sobrenomes comuns não são raros. Lula e filha. Bolsonaro e filhos. Rose e irmão. Todos se submetem ao concurso eleitoral respeitando a vontade democrática do voto.

A propósito, ainda, o sr. tem alfinetado o governador Reinaldo Azambuja e o ex-governador André Puccinelli em suas primeiras falas como candidato, vai ser este o tom da campanha?

Minha campanha será porta-voz de uma mensagem política impregnada de diagnósticos dos problemas e afirmação de soluções. Ataques eventuais serão respondidos de acordo com a lei no terreno jurídico e político. Vamos mostrar que somos a mudança com segurança, sem afrontar as etapas administrativas, sem processo criminal e nem bens bloqueados.  

Não teme o tal telhado de vidro, principalmente por conta das denúncias contra a administração Nelsinho Trad?

O único telhado que me preocupa é o das casas que quero ajudar a distribuir em um amplo programa habitacional pra dar moradia própria aos sul-mato-grossenses. O pré candidato sou eu – Marquinhos Trad- e reitero não respondo processo criminal e nem tenho bens bloqueados. Sou ficha limpa .

O ex-presidente Lula desponta como favorito em nível nacional, mas por aqui parece que pode prevalecer a força do agronegócio, isso pode atrapalhar seus planos, em caso de aliança com o petista?

Não cogito esta possibilidade até porque o meu partido deverá ter candidatura própria à presidente. Não sou extremista e nem radical. Convivo com todos harmonicamente. Meu partido é Mato Grosso do Sul .

Indo para o segundo, o que seria menos ruim, ser confrontado com o legado de Puccinelli ou enfrentar a máquina do governo, principalmente com Riedel?

Não desrespeito os concorrentes, por isso não os meço dessa forma. Quem for enfrentado o será de forma leal e aberta, porque o povo de MS merece respeito.

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