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terça-feira, abril 23, 2024

Sexta-feira 13. Nitroglicerina pura à vista etc.

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Há muito tempo que uma sexta-feira 13 não amanhece tão tensa em Dourados e no Mato Grosso do Sul, fazendo jus a toda carga negativa que o número traz aos supersticiosos, ainda mais quando cai no dia que abre ao sempre tão esperado fim de semana. A notícia já está na rádio-peão, nos grupos de internet e até em algumas redações jornalísticas para ser estartada. Um estrago, daqueles que não deixam pedra sobre pedra, a iminente e nova operação policial. Federal. Uragano e Owari, juntas seriam fichinhas. Ari Artuzi & Cia., meros batedores de carteiras. De mamando a caducando, boa parte da elite política do estado – e de Dourados, particularmente – no xilindró. As informações que chegam dão conta de nomes e números. Nomes de pessoas ilibadas, ilustres, poderosas, que até Deus duvida serem capazes de meter a mão em cumbuca. Pedidos de prisões preventivas – “para durarem pelo menos até as eleições” –, e a chegada dos famosos “homens de preto”. Sentenças, novas e antigas, a serem cumpridas. Números, de presos e de penas, de políticos e empresários. Até número das forças policiais a caminho – os que serão distribuídos pelo estado e os que já começariam a se aquartelar em Dourados a partir deste final de semana. Uma hecatombe, enfim, que pode ter reflexos diretos nas eleições deste ano. Se é que serão realizadas, no caso, por absoluta falta de quórum! Quem? Quando? Onde? Como? E por quê? Só acompanhar o insubordinado do jornalismo que ousou, “causou” e até “surtou” durante as operações Owari/Uragano.

Segue a vida – Enquanto os homens de preto não chegam, a pré-campanha eleitoral segue frenética. Guerra, por enquanto, além da Ucrânia, só a dos números. Os defendidos, por exemplo, por Eduardo Riedel (o candidato oficial) da magnitude do governo Azambuja e, fazendo o contraponto, os apresentados por Marquinhos Trad, firmando-se na trincheira oposicionista. Esta semana, dando o tom de como será a campanha, esses números foram confrontados em algumas cidades da região Sudoeste, como Bonito, Jardim e Guia Lopes. O que Azambuja diz ter feito e o que Marquinhos Trad diz que ele deveria ter feito, diferença que, segundo o ex-prefeito da capital, não fica apenas no tempo de conjugação do verbo fazer, tanto no setor de turismo, quanto nos da habitação popular e da saúde. Até bioceânica entrou na baila, com Marquinhos contestando a rota que leva até à dita cuja, propriamente dita.

Contar é preciso – Como guerra é coisa para milico (que o diga o presidente Bolsonaro) o capitão Contar, candidato bolsonarista ao governo do estado, também resolveu mostrar sua força. E começou pelos números do tanto que diz ter feito por Dourados nesse primeiro mandato. Barbosinha e Geraldo Resende, que disputam este troséu, que se cuidem.

Empoderamento feminino – A presidencial senadora emedebista Simone Tebet, de mãozinhas dadas com o ex-senador gaúcho Pedro Simon, em Porto Alegre; a ex-ministra bolsonarista da Agricultura, Tereza Cristina, de new look na propaganda (que seria partidária) eleitoral na TV; Rose Modesto mandando ver nas mídias sociais, mostrando que vida de deputado(a) federal não é para qualquer um(a), e até a senadora, ex-bolsonarista, Soraya Thronicke falando como gente grande, também na propaganda televisiva que deveria ser apenas de difusão dos ideais partidários. Se eles podem, porque elas, que são maioria, não? Esta é a linha dos discursos. De todas elas.

Truco! – Frustrou-se quem esperava que o deputado Barbosinha fosse rasgar o verbo na tribuna da Assembleia para se defender das “denúncias” de um site de Campo Grande quanto ao seu bom gosto por carnes e pelo “excessivo” gasto com combustíveis. Tirante alguns sites simpáticos ao deputado, que se anteciparam na defesa dele, a coisa vai ficar restrita ao trâmite policial e, dependendo do desfecho, judicial. Como bom advogado, professor de Direito Penal, Barbosinha acha que esse é um típico caso para o dr. delegado.

Campanha discreta – Diferente de certos candidatos que fazem até um pum virar notícia, o presidente da Câmara Laudir Munaretto, pré-candidato a deputado federal, não tem se preocupado muito em aparecer na mídia convencional. Esta semana, por exemplo, ele recebeu em sua residência, para um coffee-break, ops!,daqueles que só ele sabe servir, o ex-governador André Puccinelli e um grupo de empresários. Depois, em seu gabinete, no Jaguaribe, o badalado ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Nenhuma linha de release. Só mesmo o trivial básico, nas redes sociais.

Na linha do chefe – Alguém precisa avisar ao empresário agropecuarista Rodolfo Nogueira que o cargo por ele pretendido é de deputado federal, mas que as demandas são estaduais e municipais. É que em suas entrevistas Nogueira insiste em falar só sobre o que o chefe Bolsonaro faz, ou seja, e dá-lhe cacete em Lula, Moro e desafetos afins, da política nacional. Até parece que é candidato por uma cidade ou por um estado sem problemas e sem demandas.

Virando quarteirão – Assim está a fila de candidatos a deputado federal por Dourados. Além do discreto Laudir Munaretto, dos pra lá de midiáticos Geraldo Resende, Waltinho Carneiro e do “gordinho do Mato Grosso do Sul” (é assim que, segundo as más línguas, o presidente Bolsonaro se refere a Roldolfo Nogueira), mais um “gordinho” resolveu encarar o pleito eleitoral – Karlos Bernardo. Karlos com K, como gostava de se apresentar quando militava na mídia douradense. Se a estratégia de campanha for na mesma linha da que fez o então simplório acadêmico de medicina um dos donos de um dos maiores conglomerados universitários da fronteira, Geraldo, Munaretto e Waltinho que se estapeiem, pois, uma das oito cadeiras de deputado federal será do “gordinho” da Universidade Central do Paraguay.

Sem mito – A boiadeirama e também os sem-bois, mas fanáticos, bolsonaristas douradenses vão dormir frustrados nesta sexta-feira. Não vão poder entoar o grito de guerra famoso. É que o presidente Bolsonaro não vai dar o ar da graça na abertura da Expoagro, como vinha sendo divulgado nos bastidores por seus seguidores. A culpa, dos fardados verde-oliva que não deram conta de terminar, até agora, as obras de reforma e ampliação da pista e da estação de passageiros do aeroporto Francisco de Mattos Pereira.

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