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Dourados
quinta-feira, abril 25, 2024

Os douradenses com chances nessas eleições, os órfãos de palanque, os azarões e os ilustres anônimos, etc.

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Como é mesmo o nome de um chapeludo encarregado de honrar o nome das tradicionais famílias Matos e Cerzósimo nessas eleições, como candidato a deputado estadual? De qual caminhão caiu outro “doido”, homônimo do “felomenal” e meteórico vereador, deputado e prefeito uragânico Artuzi, também Valdecir – só que Hanauer – candidato a deputado federal? O que dizer de Rodolfo Nogueira, o “baixinho gordinho do Mato Grosso do Sul”, nas palavras de seu poderoso chefe e amigo Jair Bolsonaro ou de Eudélio Mendonça, o discreto advogado douradense que com pertinácia, depois de tentar ser vereador e deputado, emplacou o filho Alan Guedes prefeito de Dourados e, agora, com esta lustrosa credencial, tenta restabelecer a representação douradense perdida na Câmara dos Deputados em Brasília? Pois é entre esses ilustres desconhecidos da política que podem estar os azarões dessas eleições, afinal, aí estão exemplos como o do capitão Contar, eleito quatro anos atrás como o deputado estadual mais votado; o sanduicheiro tio Trutis, eleito deputado federal e a ativista de movimentos sociais Soraya Thronicke, eleita senadora da República, todos no vácuo da onda bolsonarista que assolou o Brasil. Tanto deu certo que agora Contar “ameaça” ser governador do estado e Soraya sonha ser presidente da República. E por que não? Vai que cola! Afinal este é o espetáculo da democracia, infelizmente tão ameaçada no Brasil nesses tempos de incertezas e de atribulações bolsonaristas.

Chutômetro – Assentada a poeira das sempre barulhentas convenções partidárias, agora faltando apenas saber quem ainda pode ficar pelo caminho por conta de eventuais impedimentos da Justiça Eleitoral, na hora “h” do registro das candidaturas oficializadas, começa a fase das contas para ver quem é quem nesse tabuleiro eleitoral, das possibilidades dos pretensos representantes da terra de seu Marcelino na disputa pelo governo estadual, das cadeiras na Assembleia Legislativa, no Congresso Nacional, e, desta vez, fato histórico e inédito, Dourados concorrendo até com uma candidata à presidência da República – a senadora Soraya Thronicke. Paradoxalmente, a cidade que já se orgulhou por ostentar o título de terra dos vices e dos suplentes de senador desta vez concorre apenas com o deputado José Carlos Barbosa, o Barbosinha, tirado do bolso do colete de Eduardo Riedel à última hora, como seu candidato a vice-governador, assim mesmo porque o nome levado à convenção governista, o do bispo Marcos Vitor, não conseguiu reunir a documentação por conta, exatamente, dessas irregularidades na prestação de contas na eleição em que foi companheiro de chapa do ex-juiz Odilon de Oliveira em 2018.  

Parada dura – Como não foi desta vez, ainda, que Dourados repetiu José Elias Moreira, com um candidato competitivo a governador, embora Eduardo Riedel se ache nesse direito, por ser da região e aqui ter trabalhado (com carteira assinada e tudo) na Unigran, caberá ao professor universitário petista Tiago Botelho a hercúlea missão de transformar em realidade o sonho dos douradenses de ter seu senador, já que Soraya Thronicke só nasceu na terra de seu bisavô Firmino Vieira Mattos. E que missão!, tendo pela frente dois ex-ministros bolsonaristas – a rainha do veneno Tereza Cristina, ministra da Agricultura e Abastecimento, mas em tempos de desabastecimento na mesa dos pobres e, principalmente, daqueles que nem mesa têm, e Luiz Henrique Mandetta, um dos mais populares ministros da história da República, por conta da firmeza no combate à Covid, daí para a glória ao ser defenestrado por um presidente da República ciumento e negacionista. Nessa difícil missão Botelho ainda tem que brigar com o famoso e lá atrás tão temido juiz Odilon de Oliveira, candidato a senador de Marquinhos Trad, que deu um suador em Reinaldo Azambuja nas eleições passadas para o governo. A favor do advogado e professor da UFGD Tiago Botelho, filho de um ex-vice-prefeito de Naviraí, o fato de representar o segundo maior colégio eleitoral do estado e ser o homem do Lula em Mato Grosso do Sul, podendo ainda tirar proveito do racha no eleitorado conservador, de Terezoca e Mandetta.

Retorno ao Congresso – Além Geraldo Resende, tido como o favorito na briga com os tucanos Beto Pereira e Dagoberto Nogueira pelo retorno à Câmara Federal, Dourados pode emplacar pelo menos mais dois federais, Waltinho Carneiro e o vice-prefeito Dr. Guto Moreira; Waltinho colhendo os louros pela gestão de qualidade à frente da Sanesul e apadrinhado pelo chefe Azambuja, Dr. Guto, também Azambuja, debaixo das asas de Rose Modesto, incansável no corpo-a-corpo estado afora. Correndo por fora, além dos candidatos de Bolsonaro e do prefeito Alan Guedes, Rodolfo Nogueira e Eudélio Mendonça, o emedebista patrocinador de André Puccinelli e sócio de uma grande faculdade de Medicina no Paraguai, mas residente em Dourados, Carlos Bernardo e o emedebista Laudir Munaretto, com a credencial de presidente da Câmara Municipal, tendo boas chances de trocar de plenário, da mesma forma seu colega vereador Elias Ishy, que pode pegar uma carona nos votos dos companheiros Lula e Tiago Botelho. Tudo, ainda, no campo das elucubrações, mas levando-se em conta a posição de ponteiros, principalmente dos federais, desses candidatos, em suas respectivas legendas, agora sem as famigeradas coligações proporcionais.

Retorno ao Guaicurus – De cara, com a saída de Barbosinha do páreo, Dourados já sai perdendo em sua futura representatividade na Assembleia Legislativa. Com Marçal Filho e Zé Teixeira com cadeiras cativas, cabendo a Renato Câmara e Neno Razuk a responsabilidade de assegurarem a manutenção de pelo menos quatro vagas, mas havendo a possibilidade da chegada de novos representantes e até do retorno de figurinhas carimbadas, como o longevo e respeitado Dr. George Takimoto, andrezista de carteirinha que sonha voltar à Assembleia, de onde saiu para disputar a Câmara Federal quatro anos atrás, mas dando com os burros n´água. Com chances concretas, as combativas e boas de votos Lia Nogueira e Gleice Jane, ambas tirando proveito da oposição ferrenha à administração do prefeito Alan Guedes, além de Maísa Uemura, a queridinha da vez do vice-governador Murilo Zauith.

“Responsa” – Entre os novatos com a responsabilidade de fazer bonito nessas eleições, pelo peso do apoio que têm, além de Rodolfo Nogueira (de Bolsonaro) e Eudélio Mendonça (do filhote Alan Guedes), o empresário Mauro Thronicke. É o único candidato que pode bater no peito para dizer que tem uma prima, e muito chegada, candidata a presidente da República, e que leva o seu nome – a senadora Soraya Thronicke. Detalhe, candidato a deputado estadual pelo União Brasil, o partido que tem mais dinheiro para torrar nessas eleições.

Orfandade – Enfraquecida depois de perder o apoio do vice-governador Murilo Zauith, por não dar a ele a oportunidade de indicar o seu candidato a vice-governador, a deputada Rose Modesto terá que se contentar, ainda, em dividir o candidato a senador de seu partido, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, com o opositor Marquinhos Trad, com quem Mandetta tem laços de sangue. Mandetta que, diga-se, foi enfiado goela abaixo de Rose como candidato a senador pela Executiva Nacional do partido. Outro que vai ter que penar pela falta de um candidato a senador em seu palanque é André Puccinelli, embora ele acredite que sua ex-pupila Tereza Cristina, mesmo no palanque de Eduardo Riedel, dê uma mãozinha ao antigo chefe. Senão no primeiro turno, com certeza no segundo, mas aí já no campo das probabilidades. Daí a reza de André para que, indo para o segundo turno, não tenha que enfrentar Riedel.

Despinguelando – E que santo forte tem o candidato Eduardo Riedel! Além de uma invejável estrutura de campanha, a vulnerabilidade dos adversários. André Puccinelli pautando seu discurso pelas lamúrias dos meses em que esteve atrás das grades, acusado de corrupção, Marquinhos Trad, envolvido num turbilhão de denúncias de assédio sexual e agora Rose Modesto ladeira abaixo, pelas trapalhadas na escolha de seu companheiro de chapa. Como desgraça pouca é bobagem, um presente de grego: a candidatura presidencial de seu partido, o União Brasil. Mas, deve estar pensando lá com seus botões a professora Rose: “não tinha ninguém melhor que Soraya Thronicke?”. Esse negócio de candidatura só para gastar o fundo partidário dá nisso.

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