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quinta-feira, maio 2, 2024

O racha no PSDB de Dourados

Deputados Geraldo Resende e Zé Teixeira divergem quanto à entrada do ex-deputado Marçal Filho no PSDB para disputar a sucessão do prefeito Alan Guedes

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A sucessão do prefeito Alan Guedes começou a semana envolta em uma nova polêmica, depois do  vazamento nas redes sociais de um áudio atribuído ao deputado Zé Teixeira, presidente do PSDB local e pré-candidato a prefeito pelo PSDB. No áudio, “seu Zé” critica fortemente o deputado Geraldo Resende, em meio às disputas internas, que já vinham acirradas. A confusão se deu por conta da reação de Geraldo à reunião que considerou “clandestina”, semana passada, da executiva municipal do partido para tratar da sucessão municipal, aproveitando para reafirmar sua condição de pré-candidato.

O descontentamento de Zé Teixeira com Geraldo Resende é evidente, e o deputado estadual não poupa críticas ao colega federal que também almeja concorrer à prefeitura de Dourados. “Acho que você está perdido, porque você não é o Maomé. É um ser humano como qualquer outro. Deputado federal, você é brilhante. Acho que seria um excelente prefeito e muito responsável, mas tem que provar”, disparou Zé Teixeira no áudio vazado.

Bem ao seu estilo “deixa que eu chuto” Zé Teixeira desafia Geraldo Resende a se destacar nas pesquisas, indicando que o candidato que obtiver o melhor desempenho entre os tucanos receberá o apoio unânime. Contudo, Zé Teixeira vai além e declara que não pretende mais fazer política com Geraldo Resende, anunciando que levará o caso ao presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja.

“Aqui não tem reunião clandestina não, tem reunião à luz do dia. Aqui tem reunião marcada pelo Sergio de Paula, que é secretário-geral do partido no estado. Vou comunicar ao Reinaldo Azambuja. Não dá para tocar política com pessoa vaidosa, agressiva, igual você está sendo”, concluiu Zé Teixeira, evidenciando a ruptura na relação política entre os dois tucanos.

Essa turbulência se deve também à possível entrada de Marçal Filho no PSDB, uma movimentação que já gera divergências internas. O radialista e ex-deputado que seria o favorito da cúpula estadual do partido, enfrenta resistências no diretório local, especialmente por parte de Geraldo Resende, que dava a impressão de ter desistido da disputa, depois de mudar sua residência para Campo Grande. Mesmo que desistisse, dificilmente Resende apoiaria Marçal, por considerar o ex-colega de bancada muito fraco para o que considera uma “hercúlea” missão, a de suceder a Alan Guedes.  

Além deles, a deputada Lia Nogueira, do mesmo PSDB e uma das principais adversárias do prefeito Alan Guedes, também se coloca como pré-candidata. O convite para Marçal entrar no PSDB foi feito pelo deputado Zé Teixeira. Quando soube disso, Geraldo Resende convidou o vice-governador Barbosinha para também se aninhar entre os tucanos, adicionando mais complexidade ao cenário. O desenrolar desses acontecimentos promete impactar significativamente a pré-campanha, até pelo que toda essa confusão pode refletir nas pesquisas, exatamente no momento em que o radialista, o líder momentâneo da corrida, precisará deixar o microfone caso confirme a pretensão de disputar qualquer cargo este ano.

O vazamento do áudio de Zé Teixeira descendo a ripa em Geraldo Resende faz lembrar aquela velha história dos dois bicudos que não se beijam, ainda mais quando não levada em consideração outra máxima popular, a de que roupa suja se lava em casa. O prefeito Alan Guedes, mais convicto do que nunca em sua reeleição, deve estar “adoooooraaaaanndo”!, como diz seu velho guru Alfredo Barbara Neto.

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