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domingo, abril 28, 2024

Uma ‘cavala’ no Jaguaribe

Será a segunda tentativa de Isa Marcondes de se eleger vereadora em Dourados

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Nas eleições passadas ela fez sua primeira tentativa. Mesmo dizendo-se usada pelo Podemos, sem apoio e, depois das eleições, tendo que pagar as contas de campanha, beirou aos quinhentos votos. Assustou os poderosos e endinheirados. Como dona de uma casa noturna, daquelas que antigamente eram identificadas por uma luz vermelha na porta, dizia ter muitos deles “na mão”, por conhecer “seus podres”. O discurso era o da moralidade na política. Sim, o mesmo que pretende repetir agora, só que parafraseando seu líder maior, o Messias Bolsonaro – “Deus, Pátria, família e liberdade”. Palavra de ordem que ela foi ouvir neste domingo, ao vivo, na fila do gargarejo, na Avenida Paulista, na manifestação em que o Jair só faltou pedir pelo amor de Deus para não ser preso. Ah, o nome da agora pré-candidata: Isa Marcondes. Ela mesmo, autocognominada “a Cavala”. Antes de embarcar para o comício bolsonarista em São Paulo ela passou pelo gabinete do deputado João Henrique Catan, neto do ex-governador Marcelo Miranda, onde assinou ficha no partido de Bolsonaro, o PL. Desta vez, para chegar lá, garante que não vai mais assustar sua clientela preferencial, mas, uma vez eleita, promete “bater doído naqueles que insistirem na roubalheira na política”.

Elas por elas – Para evitar qualquer tipo de confusão – “por me trajar como menininho” – Isa Marcondes avisa que quer integrar a bancada feminina no Jaguaribe, engrossando o coro das mulheres para diminuir, pelo menos, o preconceito e a violência. “Quero ficar de ladinho com Daniela Hall, Liandra, Tânia Cristina e de outras que venham se somar a nós”, diz, pondo fé na reeleição das atuais vereadoras e fazendo um chamamento por maior participação feminina na política. “Precisamos de uma bancada forte para brigar de igual para igual com os marmanjos da política”, acrescenta, em seu jeito desbocado de ser.

Mais mulheres – Se na terra de seu Marcelino apenas Lia Nogueira cogita disputar a prefeitura, em Campo Grande são três fortes candidatas do antigamente dito sexo frágil. Não só Adriane Lopes, que disputa a reeleição e que neste domingo também estava na fila do gargarejo do comício de Bolsonaro em São Paulo, mas a deputada federal Camila Jara e a Superintendente da Sudeco Rose Modesto. No caso de Rose, do União Brasil, atrás nas pesquisas apenas de André Puccinelli, podendo pintar uma chapa tida como imbatível, uma vez aceito o convite ao deputado pedetista Lucas de Lima para ser o candidato a vice da nada modesta ex-deputada, que tentou o governo nas eleições passadas. Uma chapa que tem tirado o sono dos caciques tucanos, que tentam emplacar o nome do federal Beto Pereira.

Uma 'cavala' no Jaguaribe
Deputado brizolista Lucas de Lima e a Superintendente da SUDECO, Rose Modesto (foto: divulgação)

Trava petista – Tanto em Dourados como em Campo Grande as pretensões de duas potenciais candidatas aos executivos municipais esbarram no pragmatismo negocista de dois expoentes petistas – Zeca do PT e Vander Loubet. Em Dourados a desculpa é a de que a deputada Gleice Jane, estrela em ascensão no PT, estaria sendo “poupada” por questões de saúde; em Campo Grande, a candidatura de outra estrela não menos brilhante, Camila Jara, depende da batida no martelo do coronel Azambuja com titio Zeca, tudo para não atrapalhar o projeto do sobrinho Vander de virar senador em 2026.

Atalho – O desespero tucano é tão grande ante a iminência de perder as duas principais prefeituras do estado que, na capital, estaria em curso a poderosa, convincente e maquiavélica engenharia para tirar da disputa o líder das pesquisas (mas também em rejeição), André Puccinelli. Como dessa vez seria difícil “mandar” prendê-lo novamente, por que não um caminhão de dinheiro? De lambuja, uma cadeira de deputado federal em 2026! Mais um tiro no pé, de quem já anda reforçando as doses de ansiolíticos por conta da ameaça da dupla Rose-Lucas, aquele, “do amor sem fim”.

Esqueceram de mim – O problema é que além de gordinho ele é também baixinho. Daí a passar batido durante o comício do desagravo bolsonarista deste domingo na Avenida Paulista. O inelegível até teve chance de falar o nome dele, quando lembrou seus tempos de caserna “lá na longínqua Nioaque”. Mas, nada do “amigo do peito” Rodolfo Nogueira no caminhão–palanque. Ao contrário, outro douradense, o colega federal Marcos Pollon, se não foi lembrado por Bolsonaro ou pelo pastor que berrava ao microfone, pelo menos teve uma breve aparição nas imagens iniciais.

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