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quinta-feira, maio 2, 2024

Efeito Barbosinha: Geraldo Resende volta a sorrir e até Renato Câmara retorna à cena da sucessão

Vice-governador José Carlos Barbosa entra na briga pela cadeira do prefeito Alan Guedes

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O que não faz uma tacada de mestre! Bastou o vice-governador Barbosinha avisar que está disposto a ir à forra com o prefeito Alan Guedes para o tabuleiro da sucessão municipal virar de cabeça para baixo. O maior exemplo disso está estampado nesta foto, tirada ainda ao raiar do dia desta sexta-feira para ilustrar este post, na padaria que é o termômetro da política douradense e por onde, segundo o ex-vice-governador Murilo Zauith, passa, necessariamente, o processo de escolha do futuro prefeito.

Atentem para os sorrisos e os semblantes do trio que, pelo contexto momentâneo, pode até ser chamado de trio parada dura, deixando algumas duplinhas que sonhavam com dobradinhas na poeira da estrada que leva ao barracão da Coronel Ponciano. Ao sair da toca, e, pela primeira vez na padaria que costuma frequentar semanalmente, Barbosinha trouxe consigo o deputado federal tucano Geraldo Resende e o estadual emedebista Renato Câmara, ambos que, como ele, já disputaram a mesma tão cobiçada cadeira hoje de Alan Guedes.

Geraldo Resende, que há mais tempo acalentava o sonho de ser prefeito e que ultimamente andava acabrunhado com os rumos que o seu partido vinha tomando e até pensando em fixar residência em definitivo na capital do estado, chegando até a se despedir dos eleitores douradenses, aos quais acusou de terem o “dedo podre” para a escolha de seus governantes. Na mesma padaria, ano passado, em tom melancólico, ele fez um preocupante prognóstico sobre a sucessão: “do jeito que a coisa anda, Dourados vai ficar pior do que já está”. Nem é preciso recorrer aos dotes de “seu Ptolomeu” – o “sabe tudo” da Escolinha do professor Raimundo – para matar a charada, já que ele parecia estar se referindo ao mesmo problema político que Barbosinha agora se dispõe a resolver.  Neste caso, não mais uma alfinetada no eleitor, mas uma estocada direta nos dirigentes partidários, principalmente os caciques da capital, que insistem em querer mandar na política local.

Renato Câmara, a exemplo de Barbosinha com a experiência de prefeito em outro município da região, da mesma forma que Geraldo parecia desiludido, principalmente depois do tropeço do MDB na última eleição para o governo do estado, em que André Puccinelli, o cacique-mor do partido no estado, pode ter dado adeus à carreira. Tanto que chegou a desmobilizar seu escritório político em Dourados. Aliás, como deputado de verdade, que pensa grande, com o mandato voltado para o macro do desenvolvimento do estado, Renato Câmara não faz segredo de suas pretensões de suceder ao próprio Puccinelli no comando do partido, para, lá na frente, quem sabe, cumprir a missão de transformar em realidade o tão acalentado sonho da Grande Dourados de eleger o seu governador.

Não que um cafezinho descontraído como parece ter sido o de hoje possa significar apoio explícito à eventual chapa encabeçada por Barbosinha. Mas, vingando o projeto do vice-governador, na pior das hipóteses, já sobraria uma das mais cobiçadas vagas nas eleições de 2026, quase uma regra, a que sempre é destinada aos políticos de Dourados. Sem falar na vaga de senador, com a qual Barbosinha, até aqui, também sonhava.

Seja lá o que tenham conversado Barbosinha, Geraldo Resende e Renato Câmara, uma coisa é certa: mais gente vai passar este fim de semana com motivos de sobra para sorrir. Especialmente, duas figuras diretamente envolvidas nessa confusão, o governador Eduardo Riedel, até aqui num beco sem saída, pelas peculiaridades do quadro, e o maior de todos os interessados, o prefeito Alan Guedes, para quem, quanto mais candidatos melhor. Além, claro, do radialista Marçal Filho, que não vai mais precisar fazer o sacrifício de sair de seu mundo de Bobby.

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