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sábado, fevereiro 15, 2025

Surra de genro de Zé Teixeira parece ter deixado Gordinho do Bolsonaro ainda mais abestalhado

Deputado Rodolfo Nogueira faz chacota com as críticas da ministra Marina Silva ao apocalíptico discurso de posse de Trump

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Relutei em abordar este episódio – ocorrido no calor das eleições municipais do ano passado –, mas os últimos acontecimentos me convenceram a revisitar o tema. Afinal, como se não bastasse o deputado Rodolfo Nogueira, o caricato “Gordinho do Bolsonaro”, já estar contaminado pelo vírus do bolsonarismo, agora ele exibe sintomas ainda mais graves, resultado de uma carga viral talvez mais letal: o trumpismo. Essa combinação parece ter devastado de vez o que restava dos seus neurônios. E, considerando seu histórico, é inevitável diagnosticar a surra que ele levou do genro do deputado Zé Teixeira como um marco simbólico na deterioração dessa trajetória, que já vinha em queda desde que Bolsonaro deixou o poder.

Sim, o deputado federal Rodolfo Nogueira, lídimo e orgulhoso representante da “direita” douradense no Congresso Nacional, levou uma surra de Cacá Guaritá, cujo pai, Waltinho Guaritá, deveria ser motivo de muito mais orgulho para ele do que a condição de genro do tão polêmico deputado Zé Teixeira. Isto, pelos motivos que “seu Zé” tem para bater no peito como “dono” da legislatura recém-empossada no Jaguaribe e com um naco expressivo no secretariado do prefeito Marçal Filho, fazendo questão de acompanhar pessoalmente o trabalho de seus eleitos e indicados, principalmente nas medições de obras ou alguns dos mais rentáveis serviços, como as famigeradas operações tapa-buracos da mesma forma que aparta bois trepado nas cercas das mangueiras em suas invernadas.

A surra ocorreu no banheiro do Sindicato Rural, durante um leilão de gado – um ambiente em que o deputado tem se mostrado mais assíduo do que nas sessões do Congresso Nacional. Embora Nogueira possa tentar minimizar o ocorrido com a justificativa de que “um tapinha não dói”, repetidos chutes no traseiro dificilmente se encaixam nessa categoria. O motivo? Um suposto calote envolvendo recursos enviados pelo PL, mal distribuídos pelo deputado entre os candidatos a prefeito da região.

Muito mais pelo fato de o agressor ser genro do poderoso Zé Teixeira, o “Gordinho do Bolsonaro” não deve ter dado queixa na polícia porque naqueles dias já rodava na rádio-peão a notícia da negociata que ele teria feito, envolvendo a própria mulher, Gianni Nogueira, candidata com potencial para se eleger prefeita, por também ser da cozinha de Jair e Michelle Bolsonaro, mas que, num passe de mágica, virou candidata a vice-prefeita de Marçal Filho. Rodolfo preferiu não ter que explicar os milhões de motivos que teve para fazer a nebulosa negociata.

Mas por que esse assunto agora? Pela insanidade agravada de Rodolfo Nogueira. Só isso para explicar o deboche de ontem nas redes sociais de uma figura reconhecida e respeitada por toda a comunidade internacional, como a ministra Marina Silva, por conta das críticas dela ao discurso de Trump na questão do clima. Provocando gargalhadas do chefe, ele estufou o peito: “Agora sim o Trump está f…”, só não concluindo o palavrão talvez por temer uma punição por falta de decoro – embora não estivesse na tribuna do Congresso – coisa que provavelmente desconheça.

Como lambe-botas mór de quem lá atrás foi expulso do exército por indisciplina e, por isso, não usa mais coturnos, o gordinho, queridinho e fofinho se contenta agora em lamber os pés pelo jeito chulezentos do chefe, pois foi enquanto Bolsonaro esfregava os dedos do pé direito com o dedão do pé esquerdo, sobre a mesma mesa em que provavelmente foi esquadrinhado o roteiro do golpe, que Rodolfo teve esse lampejo de criatividade, num esforço hercúleo para não perder a condição de número um como puxa-saco do inelegível.

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