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sábado, outubro 5, 2024

Marçal Filho ainda desponta como favorito em disputa acirrada com Alan Guedes

Corrida sucessória chega ao fim, com eleição polarizada entre o PSDB e o PP

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A disputa pela prefeitura de Dourados chega ao climax num ambiente belicoso nunca antes visto na história da terra de seu Marcelino. O radialista e ex-deputado federal Marçal Filho  continua como favorito, em que pese a artilharia pesada dos adversários na reta de chegada, com uma devassa em sua vida empresarial e até particular. Mesmo assim, de acordo com todas as pesquisas, ela supera o prefeito Alan Guedes (PP) em uma corrida que mobiliza intensamente a população local, com seus 164 mil eleitores aptos a votar.

Marçal Filho vem mantendo sua vantagem nas intenções de voto, posicionando-se como o nome mais forte na reta final. Tanto que o prefeito, para quem Marçal “é o único adversário”, agora bate na tecla da “virada”.  Analistas apontam que o carisma como comunicador e atuação em defesa de pautas sociais ao longo de sua trajetória profissional têm conquistado a preferência do eleitorado, especialmente entre os mais jovens e os setores da classe média. Alan Guedes, por sua vez, tenta reverter a situação destacando as conquistas de sua gestão, com foco na infraestrutura e modernização dos serviços públicos.

Mesmo com a vantagem de Marçal, a eleição ainda apresenta um cenário de incerteza, especialmente diante de fatores como votos brancos, nulos e abstenções, sem contar com a possibilidade de uma estratégia de última hora, de voto útil. Em favor de um ou de outro, entre os ponteiros. Nas últimas eleições municipais, a abstenção em Dourados atingiu cerca de 22% do total de eleitores, e há expectativa de que esse índice se mantenha elevado, devido à desilusão de parte da população com a política tradicional, na qual o prefeito tem batido doído, mantendo o discurso com o qual foi eleito quatro anos atrás.

Os votos brancos e nulos também podem desempenhar um papel significativo. Em 2020, cerca de 7% dos eleitores de Dourados optaram por anular o voto ou deixaram a cédula em branco. A expectativa é que esses números se mantenham dentro de uma faixa semelhante, influenciados pela falta de identificação com os candidatos ou por protestos silenciosos.

Composição da Câmara Municipal

Quanto à composição da nova composição da Câmara Municipal, a novidade é o aumento no número de cadeiras, que passa de 19 para 21. Tradicionalmente, a câmara douradense tem uma alta rotatividade, com grande número de novos nomes a cada eleição. As projeções para este pleito indicam que até 12 dos atuais vereadores podem não se reeleger, refletindo o desgaste com o eleitorado.

Novos rostos, especialmente de lideranças comunitárias e candidaturas independentes, despontam como fortes concorrentes. Partidos como o PSDB, do candidato Marçal Filho, e o PP, de Alan Guedes, devem garantir um número expressivo de cadeiras, mas há expectativa de uma fragmentação maior no legislativo municipal, com legendas menores também conseguindo representatividade.

A disputa por essas 21 vagas será acirrada, e as coligações podem definir o futuro da governabilidade do próximo prefeito. Caso Marçal Filho seja confirmado como vencedor, ele precisará de uma base sólida na Câmara para implementar suas promessas de campanha e evitar desgastes políticos.

Expectativa da votação

Com uma cidade tão politicamente mobilizada e ao mesmo tempo desiludida, o cenário para o dia da eleição em Dourados é de alta expectativa. As urnas eletrônicas estarão disponíveis para os eleitores no próximo domingo, e a contagem dos votos deve ser rápida, com o nome dos eleitos, o novo prefeito, principalmente, devendo ser conhecido nas primeiras horas após o fechamento da votação.

Com a possível vitória de Marçal Filho, a cidade pode passar por um novo ciclo de gestão, colocando à prova sua capacidade de superar os desafios, fazendo tudo aquilo que sempre criticou como radialista, como a recuperação econômica no pós-pandemia e a melhoria dos serviços de saúde e educação. Já Alan Guedes aposta em seu histórico para continuar com suas entregas, daí o alerta ao eleitorado para o risco de paralisação dos grandes projetos em andamento, como o do Fonplata, com investimentos de cerca de R$ 250 milhões, cujas obras já estão iniciadas.

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