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Uma conta que não fecha e que pode derrubar o prefeito de Dourados

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26/07/2021 – 00h21

O inexplicável voluntarismo de Alfredo Barbara Neto como chefe de gabinete e gerenciador das ‘rachadinhas’ de Alan Guedes

Sempre fui muito ruim de matemática. De química e física, então, nem se fala. Mesmo assim, sempre atrevido, eis-me aqui para tentar, senão solucionar, pelo menos entender uma questão de metafísica – um dos imbróglios mais escandalosos envolvendo a administração pública em Dourados desde os tempos Owari/Uragano e que, assim como aconteceu com o fenomenal prefeito Ari Artuzi, pode levar Alan Guedes à degola. Confesso que, enojado, estava, já, meio desiludido com essa história, mas agora que o Ministério Público – acionado pela vereadora Lia Nogueira – entrou na parada, dá para acreditar que nem tudo está perdido, com fortes emoções à vista.

Independentemente do entendimento que venha ter o Ministério Público, o estrago já está feito. Pelo menos, para a biografia do jovem prefeito que, como equivocadamente escrevi aqui no dia de sua vitória, “sepultou reputações” e poderia se colocar como nova liderança regional. Menos mal que o equívoco não foi só meu, mas dos douradenses que apostaram todas as suas fichas no jovem grandalhão, advogado bom de gogó, que jurava querer distância dos políticos da velha guarda acostumados a práticas pouco republicanas. Mais uma vã tentativa do eleitorado de acabar com a lenda da cabeça de burro enterrada aos pés da estátua de Antônio João Ribeiro. Interessante é que ao mesmo tempo em que fazia esse discurso, dissimulado, Alan Guedes, como se viu por meio das denúncias da farra da publicidade, já dava seus pulos na Câmara para ajudar a evitar a bancarrota do jornal “diário” MS, do colunista social Alfredo Barbara Neto. E, no maior caradurismo, levando depois o mesmo Barbara para cuidar da polpuda verba publicitária da prefeitura, disfarçado de chefe de gabinete.

Menos mal que minha desilusão momentânea não contaminou os colegas que desta vez (na Uragano “surtei” sozinho) estão comigo nessa empreitada. José Henrique Marques, fiel ao slogan – Verdade, Trabalho e Vigilância – de Theodorico Luiz Viegas, da velha folha de dourados, abastecido pelas denúncias da também jornalista, agora como vereadora, a valente Lia Nogueira, com Clóvis de Oliveira, irretocável, como na réplica em seu Douranews à matéria encomendada por Alan Guedes, mandando seus asseclas apelarem à lá Jânio Quadros (é muita pretensão!) e “as forças estranhas” que queriam derrubá-lo; fechando o time dos “insubordinados” Antônio Coca, Silva Júnior e o sempre apimentadíssimo Marcos Santos. Não à toa acabou o glamour do advogado internacionalista Alan Guedes, sempre em ternos bem cortados, agora aderindo a um surrado jeans e às botinas de amassar barro na periferia, não porque tenha se tornado num homem do povo, mas porque parece andar meio sem rumo, batendo cabeça e tentando encontrar uma saída para a enrascada em que se meteu ao adotar Alfredo Barbara Neto, o imexível, como seu guru. É ou não é uma questão metafísica? Isso, sendo bonzinho com o prefeito, para não escarafunchar ainda mais a ferida.

Trabalho dos mais louváveis, que se registre, o de jornalismo investigativo, que há tempos não se via por essas bandas, como o que faz José Henriques Marques e Lia Nogueira, vasculhando com lupa (ops! não aquela que Antônio Tonanni me deixou de herança) as entranhas da farra da publicidade e a cada dia chafurdando mais gente nesse mar de lama, gente que nem bem esquentou a cadeira, tanto no secretariado como no legislativo, mas que já chegou metendo os pés pelas mãos. Gente, muita gente aliada e com laços estreitos com Alfredo Barbara. E não só na prefeitura. O sempre irrequieto colunista social continuou com seus tentáculos no Jaguaribe, onde pretendia continuar faturando alto, motivo pelo qual a missão jornalística não pode ser dada como cumprida, embora para o prefeito o estrago, repito, esteja feito.

Esta, pois, sem maiores perorações, uma situação, apenas, a que deixa Alan Guedes a cada dia mais perto do cadafalso: a continuidade de Alfredo Barbara Neto, o plenipotenciário guru, como chefe de gabinete, mandando mais que ninguém na distribuição da verba da propaganda oficial e “otras cositas más” terceirizadas. Ora, se como gestor da massa falida do “diário” MS Barbara Neto faturava entre R$ 30 e 40 mil mensais, só de Alan Guedes, na Câmara Municipal, lembrando que a maior e mais cobiçada das verbas sempre foi a da prefeitura, da qual Barbara agora está impedido de receber, por sua condição de secretário, como explicar tanto voluntarismo, já que como chefe de gabinete seu salário líquido é de – para seu padrão de vida – “míseros” R$ 7.329,97? Mas, onde está o crime? No simples fato de o “diário” MS continuar existindo, sob a direção da família Barbara.

Até aqui, por sua postura, ou o prefeito parece acreditar na impunidade ou julga idiota uma parcela considerável da dita sociedade organizada, por engolir que com todo esse poderio Alfredo Barbara não estaria levando “nenhum” da prefeitura. Por fora, é claro! O mecanismo é escancarado, por meio de um malfadado consórcio de veículos de imprensa apaniguados. E não adianta Alan Guedes dar parte dos jornalistas insubordinados na polícia. Melhor seria que tivesse o mínimo de decência, que parasse de fazer propaganda enganosa falando em transparência, como a que está no ar por esses dias na TV e nas demais mídias subordinadas. Aliás, é desse tipo de propaganda enganosa que costuma sair o dinheiro das famigeradas “rachadinhas”. Será que precisa desenhar aos sempre tão zelosos e austeros membros do Ministério Público? Falado em polícia, ah se Alan Guedes e Alfredo Barbara soubessem o que acontecia com quem fizesse esse tipo de estripulia com o dinheiro público nos tempos do delegado Ezequias Freire. Já estariam todos atrás das grades. Só depois de trancafiar os larápios é que ele avisava o meretíssimo juiz.

Prefeito Alan Guedes, acuado por denúncias, agora com o MP em seu encalço

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