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Saudades do prefeito Ari Artuzi

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16/08/2021 – 10h52

Depois de arrancar, no grito, a Perimetral Norte de André Puccinelli, Artuzi já tinha uma solução para desafogar o tráfego da Coronel Ponciano

Como primeiro jornalista a denunciar o maior escândalo de corrupção em Dourados – a operação Uragano, da Polícia Federal – jamais imaginei um dia abrir uma manchete como essa, no mesmo blog onde aconteceu a devassa na administração Ari Artuzi, dos vereadores da sempre famigerada base aliada, secretários e empresários (cerca de sessenta, ao todo), alguns que só agora começam a ser condenados (em primeira instância, ainda!), embora à época todos tenham ido parar no xilindró. Passados onze anos, já em tempos de outras farras com o dinheiro público, como a da publicidade, de Alan Guedes e Alfredo Barbara, este inusitado jornalístico é consequência do mico pago pelo atual prefeito, segundo Clóvis de Oliveira, em seu Douranews, durante a visita do todo-poderoso secretário de Infraestrutura Eduardo Riedel no final da semana passada, para a apresentação do projeto da nova avenida Coronel Ponciano.

Nenhuma dúvida de que se o fenomenal prefeito Valdecir Artuzi tivesse sobrevivido ao vendaval uragânico o imbróglio da nova Coronel Ponciano já teria sido resolvido e Alan Guedes teria sido poupado de expor sua incompetência e seu secretário de Planejamento e Serviços Urbanos, Romualdo Diniz, a soberba adquirida, numa sessão pública da mesma Câmara onde, por oito anos, ele dissimulou essa pusilanimidade.

Nenhuma dúvida também de que o projeto de duplicação da avenida Coronel Ponciano reflete todo o amadorismo da administração Délia Razuk. Tanto assim que, a serviço do então secretário de Infraestrutura e vice-governador Murilo Zauith, o ex-prefeito Braz Melo, como bom engenheiro-obreiro que é, havia avocado o projeto, só não resolvendo o problema em definitivo pela exiguidade de tempo e pela falta de espírito público de incautos recém-chegados como Alan Guedes. Mais que pelo simples prazer de não prestigiar, por melhor que seja, o legado recebido em obras ou projetos, curvando-se à picaretagem sempre à disposição, na maioria dos casos pela pressa em meter a mão no sempre cobiçado pote retornos.

E se alguém duvida de que Artuzi teria resolvido o problema da Coronel Ponciano, basta ver o exemplo de uma obra emblemática, que só saiu do papel pelo tanto que ele perturbou as ideias de André Puccinelli – a Perimetral Norte. Uma obra impensável, principalmente para um governador que havia acabado de entregar a duplicação da rodovia Pedro Palhano (Dourados-Itaporã), a Ivo Cersósimo (Perimetral Norte) só foi executada ante a obsessiva ameaça do “doido’ do Valdecir Artuzi em abrir uma picada no trecho, com as patrolas da prefeitura.

A solução que agora desafia os engenheiros de Alan Guedes para o trecho entre a Marcelino Pires e o trevo da Mozart Calheiros (antiga W-5), Ari Artuzi guardava em segredo. O quebra-cabeça começou no governo provisório de Délia Razuk, perpassou o de Murilo Zauith e continuou no retorno, ops”, de Délia. Não, o “doido” não iria desapropriar o comércio muito menos estreitar as calçadas para incluir ali uma ciclovia. A solução, mais abrangente, seria abrir “um avenidão”, como Artuzi pensava, saindo do Parque do Lago Arnulpho Fioravante, cortando o lado oeste do cemitério Santo Antônio de Pádua, resolvendo o problema do tráfego de ônibus interestaduais e dos veículos da região que acessam ao Shopping Avenida Center, até a confluência das BRs 163 e 463, ficando a coronel Ponciano, no trecho “sem solução”, com pista única no sentido bairro-centro. E ainda tem leitor que me questiona quando me refiro a Artuzi como “felomenal”. Fica a dica para Eduardo Riedel, já que puseram em seu colo o abacaxi. Para quem quer ser governador, só calçar as sandálias da humildade e pegar carona do lado bom de um fenômeno eleitoral.

Ex-prefeito  de Dourados Ari Valdecir Artuzi (foto: Anita Tetslaff)

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