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quinta-feira, abril 25, 2024

Uma temeridade, R$ 240 milhões nas mãos de Alan Guedes & Cia.

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06/09/2021 – 09h18

Empréstimo aprovado semana passada pela Câmara Municipal precisa agora enfrentar os trâmites burocráticos do Banco Central e do Senado

Seu Joaquim (Teixeira Alves) vai, no sentido Leste-Oeste, o deputado Weimar (Gonçalves Torres) vem, em sentido contrário, ou vice-versa. Esta, a narrativa mais didática de uma miragem do prefeito Alan Guedes e sua turma, com a aquiescência de seu Marcelino (Pires) – que continuaria indo e vindo nessas duas direções – atemorizado, que só, ante a iminência de mais um pesadelo que pode se abater sobre a cidade por ele fundada, caso este sonho se transforme em realidade. Em outros tempos e em outras circunstâncias isto seria motivo de júbilo e regozijo, pela necessidade premente de se acabar com este que é um dos maiores gargalos do cada vez mais complicado sistema de tráfego da segunda cidade do estado.

Mas, calma! Muita calma nessa hora, caros leitor e eleitor e, principalmente, você, caríssimo contribuinte dos cofres públicos. Muita água vai rolar, ainda, por debaixo da ponte do Engano (a lembrança de um de nossos córregos é só uma sugestão de nome para o projeto, ou para uma eventual operação policial que venha a provocar) até que o prefeito Alan Guedes, seu guru Alfredo Barbara, o “ministro” Sartori e papai Eudélio Mendonça (os dois últimos candidatíssimos a qualquer coisa nas próximas eleições) ponham a mão na “apetitosa” bufunfa do Fonplata que o Jaguaribe autorizou na semana passada. Segundo o release divulgado pelos subordinados da imprensa, obras que só serão possíveis “graças ao trabalho (?) de base dos últimos 8 meses em que o município conseguiu recuperar o nome e a credibilidade no mercado”.

O engano começa pela indisfarçada tentativa de Ala Guedes em querer desviar a atenção de questões mais delicadas, como, por exemplo, o mar de lama da farra da publicidade em que Alan Guedes e Alfredo Barbara estão chafurdados. Sim, porque a aprovação de um empréstimo desse porte, ainda mais de um fundo internacional de investimentos, em dólar, é só o primeiro passo de uma longa caminhada. Caminhada cujo final está atrelado às boas práticas administrativas, capacidade gerencial e de endividamento do contratante, o que não é o caso, nesses últimos tempos, da prefeitura de Dourados.

O trâmite é longo em Brasília, aí incluída a aprovação pelo Banco Central e pelo Senado. Até porque alguém com melhor juízo que suas excelências, os nobres vereadores douradenses, precisa contar até um milhão de vezes antes de colocar R$ 240 milhões nas mãos de alguém que, provado está, não tem competência para gerir a coisa pública. Sem contar que – como é sabido de qualquer cidadão, por mais desantenado que esteja – para aprovar esse tipo de financiamento é preciso definir os percentuais de retornos, rachadinhas, etc. e tal, não sendo segredo para ninguém que em Brasília o buraco é mais embaixo, da mesma forma que não é segredo também para quem sobraria essa conta. Sem falar do já famoso mensalinho que já colocou tantos vereadores douradenses na cadeia e, agora, das rachadinhas, o que ficou escancarado muito mais pela urgência imposta pelo alcaide ao Jaguaribe do que, propriamente, pelos projetos a serem implantados.

Uma temeridade, sim, porque na ânsia de abocanhar essa grana toda Alan Guedes parece não ter limites. Basta ver a guerra psicológica deflagrada contra a vereadora Lia Nogueira, por ele e por seus áulicos ameaçada de cassação de mandato e até de prisão, por conta da denúncia da farra da publicidade. Nunca antes na história a tal base aliada foi tão rápida no gatilho. O que rola nos bastidores e nas redes sociais é um horror. E não há como negar que para isso Alan Guedes e sua caterva são craques. Daí não ser de todo improvável que algum desses iluminados, talvez encarnando Maquiavel, esteja por trás, também, do rigor de que foi vítima um dos parceiros de Lia Nogueira na guerra contra a farra da publicidade – o vereador Diogo Castilho, que teve a prisão preventiva decretada ontem por suspeita de violência doméstica.

Numa inversão de papéis, Alan Guedes mostrando o caminho das pedras ao guru Alfredo Barbara Neto
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