Uma lenda na medicina do Mato Grosso do Sul, o octogenário George Takimoto está de volta à política partidária. Vai tentar, pelo MDB, o terceiro mandato como deputado estadual, “para ajudar” André Puccinelli no – que acredita piamente – seu retorno ao governo do estado. Vice-prefeito de Luiz Antônio Gonçalves e vice-governador de Marcelo Miranda na década de 1980, depois deputado federal (1991-1995), em 2010 Takimoto já havia dependurado as chuteiras quando foi convidado pelo mesmo André Puccinelli para “ajudá-lo” como deputado estadual, em seu segundo governo. Foi eleito, depois reeleito em 2014. Este retorno, em 2010, foi no vácuo deixado por potenciais candidatos, como Sidlei Alves, Marcelo Barros e Aurélio Bonatto, entre outros, tragados pela Operação Uragano. Agora, convicto e enigmático, observando que um raio pode, sim, cair duas vezes no mesmo lugar, Takimoto garante que “vai ser muito mais fácil ainda”.
Dúvida cruel – depois de um périplo vapt-vupt pelo interior do estado, indo na jugular do até então aliado governador Reinaldo Azambuja para tentar subir nas pesquisas eleitorais, o prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad vive os últimos momentos de seu drama shakespeariano – ser ou não ser, candidato a governador. Pelo jeito a fé no recado que recebeu do Altíssimo para tocar em frente a candidatura não é tão grande assim.
Ministra cuê – Dúvida cruel vivem também alguns candidatos que depositam todas as suas esperanças no prestígio da ministra bolsonarista Tereza Cristina, para com ela se filiarem ao Partido Progressista. O problema é que daqui a dez dias ela deixa de ser ministra para reassumir seu posto como deputada federal. A menos que ela deixe tudo amarradinho com os grandes aliados do agronegócio, como os encrencados donos da JBS, já acostumados abrirem as burras nessas ocasiões.
Agravante – O deputado e candidato à reeleição Barbosinha é um desses encantados com o prestígio da ministra bolsonarista e, por ela convidado, estaria de malas pronta para migrar para o PP. O problema de Barbosinha é subir no mesmo palanque de Alan Guedes, líder regional do mesmo PP, seu algoz da campanha eleitoral municipal passada. Sem contar aquela história de que antiguidade é posto. Além de estar há mais tempo no partido, Alan Guedes ainda tem o pai, Eudélio Mendonça, pré-candidato a deputado federal, presidindo a sigla no município.
Racib senador – Eterno fiscal da correta aplicação do dinheiro público, principalmente na área da saúde, o farmacêutico Racib Harb deve encarar mais uma disputa majoritária, depois do “susto” que deu na eleição para prefeito dois anos atrás. Ele é candidatíssimo ao senado. Para tanto, se preciso for, e por uma questão de coerência, depois da chegada de alguns intrusos ao seu partido, o Republicanos, deve procurar outra sigla. O PRTB é uma das possibilidades.
Senador companheiro – Depois do fiasco de Delcídio do Amaral o PT de Dourados vai tentar emplacar um representante da região na cadeira de Simone Tebet. O nome escolhido para a difícil missão é o do professor universitário Tiago Botelho. O discurso é o de que o estado precisa urgentemente de uma nova liderança de esquerda para inverter a tendência direitista de sua representação no Senado. “O PT tem eleitor e Lula ajuda. Estamos saindo para ganhar, mas se sairmos com capital político já ganhamos”, filosofa Botelho.
Fila antiga – Pode até parecer que Racib e Botelho são seguidores do lendário Dom Quixote de la Mancha, mas outros representantes locais já fizeram bonito como candidatos ao senado. Os que chegaram mais perto do famoso salão azul do Congresso foram João Totó Câmara, que teve o peito de disputar com Wilson Barbosa Martins e Rachid Saldanha Dérzi, duas lendas da política estadual, Egon KKK, do mesmo PT de Botelho e, por último, batendo na trave, Murilo Zauith. Soraya Thronicke não entra nesta lista, pois, embora nascida na terra de seu Marcelino, tem domicílio eleitoral em Campo Grande.
Feminismo – A senadora e presidenciável emedebista Simone Tebet apresenta-se como mãe, na propaganda partidária que antecede ao horário eleitoral na TV. A deputada Rose Modesto, candidata a governadora do União Brasil, realça que o Mato Grosso do Sul “precisa”, pela primeira vez, ser comandado por uma mulher.
Casa de ferreiro… – … espeto de pau! Alan Guedes pode se dar ao luxo de ser provavelmente o único prefeito brasileiro a ter um ex-ministro de estado – da Educação, que se diga – em seu secretariado. Pois não é que o dito cujo – Henrique Sartori –, como secretário de governo da prefeitura, não está conseguindo resolver o problema da greve dos professores!
Demolição – Como hoje é dia de retorno, ops!, o jornalista Marcos Santos está de volta com sua coluna “Malagueta”, mais apimentada que nunca. De cara, anunciando que, “engenheiro especialista em demolição o vice-governador Murilo Zauith quer implodir a candidatura Riedel”. Tem também listinha de candidatos. Só acessar o link https://malaguetams.com.br/author/marcossantos/