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sexta-feira, abril 26, 2024

Marquinhos Trad promete virar o “jogo sujo” ao ser homologado candidato pelo PSD

Convenção do PSD homologou as candidatura de Marquinhos Trad e Viviane Orro, como candidatos a governador e vice, do MS

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Homologado candidato a governador de Mato Grosso do Sul, o ex-prefeito de Campo Grande e advogado Marcos Marcello Trad, o Marquinhos Trad, 57 anos, do PSD, criticou o aumento de impostos ao longo dos oito anos da gestão do PSDB e a falta de transparência nos gastos públicos. Em uma convenção marcada pela emoção, ele afirmou que não vai baixar a cabeça e vencerá o “jogo sujo”.

O PSD aprovou chapa pura na majoritária. A candidata a vice-governadora será a médica nefrologista e intensivista Viviane Orro (PSD). O candidato a senador será o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD), que disputou o Governo em 2018 e perdeu por pouco mais de 60 mil votos para Reinaldo Azambuja (PSDB) no segundo turno.

Ao chegar à convenção realizada na Associação Nipo-brasileira, ocupada por milhares de militantes na manhã deste sábado, Marquinhos chorou. Acompanhado das quatro filhas, da esposa, Tatiana Trad, e da vice, Viviane Orro, o candidato se mostrou bastante emocionado ao ser ovacionado no encontro do PSD e Patriotas, partido da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes.

O ex-prefeito voltou a falar das denúncias de assédio, protocoladas por 11 mulheres na Delegacia de Atendimento à Mulher. “Não devo nada à Justiça dos homens, porque nunca cometi crime algum”, bradou Marquinhos, negando ter assediado às mulheres. “O erro que cometi com você e minhas quatro filhas, vou passar a vida toda tentando reparar esse erro”, disse, dirigindo-se à esposa.

“Tatiana tem um coração gigante”, destacou, contando que a mulher “tem todas as forças para” ajuda-lo a seguir em frente. Marquinhos voltou a frisar que é vítima de armação dos adversários, que acusou de “jogarem sujo” para ganhar as eleições. No entanto, ele não citou o PSDB nem o candidato do partido, o ex-secretário estadual de Governo e Infraestrutura, Eduardo Riedel.

O candidato fez paralelo com as acusações feitas contra o juiz Odilon em 2018, quando foi acusado pelo ex-chefe de gabinete, Jedeão de Oliveira, de vender sentenças e cometer outras irregularidades. A denúncia acabou não sendo provada, mas acabou sendo usada por Reinaldo nos debates. “Fizeram comigo o mesmo que fizeram com o Odilon, denúncia descabida, que impactou diretamente no resultado eleitoral”, acusou.

“O povo não se engana duas vezes”, frisou. “Não vai demorar muito até que os mais desconfiados vão ficar sabendo das armações. A verdade vai aparecer”, garantiu. “Eu acredito na Justiça e vou até as últimas consequências”, afirmou.

Marquinhos relembrou que os adversários ficaram propagando que ele não seria capaz de renunciar ao mandato de prefeito para disputar a eleição. Agora, conforme o candidato, teriam apostado que ele abaixaria a cabeça por causa das denúncias feitas na Polícia. “Achavam que iríamos abaixar a cabeça e estaríamos desanimados, mas estão muito enganados”, discursou.

“Estão querendo destruir reputações, mas não vamos abaixar a cabeça. Eu assumo os meus erros. Assumam os erros de vocês com os filhos de vocês”, exclamou, desafiando os adversários a confessar publicamente os supostos crimes em que são acusados.

“Mato Grosso do Sul é um estado rico com pessoas passando dificuldades”, lamentou. “Eu vou fazer a mudança que o Estado precisa”, garantiu, prometendo governar para os pobres, os excluídos, os povos originários, para todas as etnias.

O ex-prefeito criticou a política de aumento de impostos que marcou a gestão de Reinaldo Azaambuja, lembrando do aumento de 40% no IPVA, de 50% no ITCD e no ICMS. O tributo sobre a gasolina chegou a 30%, o 3º maior índice do País. “Mato Grosso do Sul tem o maior índice per capita de ICMS do Brasil”, criticou.

“Aumentaram até as taxas dos cartórios”, criticou, lembrando que sul-mato-grossenses estão atravessando as divisas para fazer as escrituras em outros estados porque a taxa é muito cara em MS.

Apesar da carga tributária elevadíssima, conforme o candidato, a população segue passando fome. “Mais de 600 mil pessoas vivem com renda per capita inferior a meio salário mínimo”, lamentou, prometendo uma gestão volta para os mais pobres e excluídos.

Marquinhos Trad é o 4º candidato a governador definido para disputar as eleições deste ano. Os outros três são Rose Modesto (União Brasil), Giselle Marques (PT) e Adonis Marcos (PSOL). Outros três deverão ser definidos na sexta-feira (5), último dia da convenção: André Puccinelli (MDB), Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB). – Edivaldo Bitencourt (O Jacaré).

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