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quinta-feira, abril 18, 2024

Senadora Mara Gabrilli será a candidata a vice de Simone Tebet

Chapa feminina à presidência da República deve ser oficializada nesta terça-feira

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O MDB e o PSDB decidiram que Mara Gabrilli será vice de Simone Tebet (MDB-MS). O martelo foi batido nesta segunda-feira, após reunião da executiva dos dois partidos e também do Cidadania. No início da tarde, Tebet confirmou que teria uma vice mulher. A declaração ocorreu em evento com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O anúncio oficial está marcado para esta terça-feira, na sede do diretório estadual do PSDB, na capital paulista.

Além de Gabrilli, outros dois nomes eram cotados para a vaga na chapa feminina: a também senadora Eliziane Gama (Cidadania) e Raque Lyra, que é ex-prefeita de Caruaru e pré-candidata ao governo de Pernambuco. Inicialmente, a preferência da senadora para vice era o senador Tasso Jereissati (CE), que desistiu da disputa.

— Quero aqui anunciar para as senhoras e para os senhores que pela primeira vez, provavelmente a primeira vez na história da República do Brasil, nós teremos uma chapa pura para candidata à presidência da República. A minha vice será mulher — disse ela, sem citar o nome de Mara. Além de Tebet, a candidata do PSTU ao Planalto, Vera Lúcia, tem como vice uma mulher: Kunã Yporã.

O presidente do PSDB nacional, Bruno Araújo, confirmou que a sigla indicou Gabrilli para consolidar a chapa nacional com o MDB em apoio a Tebet. Pela primeira vez desde sua fundação, o PSDB não lançará um candidato como cabeça de chapa à presidência da República.

—Oferecemos (o PSDB) o nome da senadora Mara Gabrilli. A expectativa é que possamos confirmar isso amanhã. Esperamos que a candidatura de Simone junto com a Mara Gabrilli seja uma janela aberta para milhões de eleitores brasileiros buscarem uma alternativa. E que possa abrir um espaço novo de discussão fora do ambiente de radicalização.

Desde que o senador Tasso se distanciou da campanha de Tebet, por motivos pessoais e também por discordar da estratégia de marketing da senadora, pessoas próximas à emedebista vinham defendendo um nome feminino para a vaga.

A avaliação é que duas mulheres em uma mesma chapa tem potencial para chamar a atenção do eleitorado. Além disso, Gabrilli pode ajudar a senadora no maior colégio eleitoral do país, São Paulo, onde foi eleita em 2018 com 6,5 milhões de votos. No PSDB, Gabrilli é vista como um quadro independente, distante da vida partidária e das reuniões que envolvem a executiva e a cúpula da sigla.

‘Mea-culpa’

Em indireta à ala lulista de seu partido, Tebet defendeu um “mea-culpa” sobre a participação de parlamentares do MDB no escândalo do Petrolão, denunciado nos governador petistas. A senadora fez referência aos casos na Lava-Jato que envolveria acusações de recebimento de R$ 864,5 milhões em propinas por políticos do MDB no esquema de corrupção da Petrobras. Os valores seriam contrapartida a apoio político aos governos de Lula. Na ocasião, foram acusados os senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA) e os ex-senadores Edison Lobão (MA), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO), José Sarney (AP), além do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Os emedebistas sempre negaram as irregularidades.

— Triste Brasil que, nessa loucura de escolher entre o menos pior, tem que escolher entre o passado que tem escândalos de corrupção do Mensalão, que comprou a reeleição, e do Petrolão, inclusive envolvendo membros do meu partido. Nós temos que fazer um mea-culpa do Petrolão — declarou a candidata do MDB.

Em outro momento, a senadora citou as investidas contra a sua candidatura presidencial:

— Não é fácil para uma mulher enfrentar o meu partido, o maior partido do Brasil, quando outros candidatos querem nos puxar o tapete. ‘Vamos tirar Simone porque queremos ganhar no primeiro turno’, ‘Vamos tirar Simone porque ela pode ser competitiva. Contra tudo e contra todos nós conseguimos chegar — disse ela.

A empresários reunidos na Fiesp, em São Paulo,Tebet ainda se colocou como a única candidata capaz de unificar o Brasil. Em referência ao ex-presidente Lula (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), os dois mais bem colocados nas pesquisas, Tebet disse que o Brasil não pode se resumir a “duas personalidades” ou a “dois governos populistas”.

A senadora ainda defendeu transferência de renda permanente para erradicar a miséria no país e uma poupança para jovens que permanecerem no Ensino Médio. Ao falar sobre o teto de gastos, afirmou que o maior compromisso com a responsabilidade fiscal que um presidente pode assumir é dizer que não é candidato à reeleição. (Bianca Gomes e Gustavo Schmitt — São Paulo).

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