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quinta-feira, maio 2, 2024

Como o ‘batom na cueca’ de Bolsonaro pode afetar a sucessão de Alan Guedes

Implicação de Bolsonaro na tentativa de golpe pode ter desdobramentos inimagináveis na política douradense

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A bomba relógio fabricada no gabinete do então presidente Bolsonaro, descoberta pela Polícia Federal e jogada na Esplanada dos Ministérios pelo ministro Alexandre de Moraes essa semana em Brasília, com detonação prevista para os próximos dias, terá um efeito devastador país afora, podendo os estilhaços chegar até em Dourados, um dos polos do agronegócio brasileiro, daí à expectativa para uma incerteza ainda maior quanto ao resultado das próximas eleições municipais. É que pelo até agora colocado o prefeito Alan Guedes sonhava com a salvação da lavoura pelo apoio do nicho eleitoral bolsonarista, depois de uma conversa com o ex-presidente no final do ano passado, cogitando-se até mesmo o nome da mulher do deputado Rodolfo Nogueira – o gordinho do Bolsonaro – como sua candidata a vice.  

Um terremoto político de magnitude tão intensa que, na outra ponta, pode provocar até um milagre, qual seja, fazer com que os tucanos procurem uma escada para descerem do muro, encontrando lá embaixo, de braços abertos, o vice-governador Barbosinha como o salvador da Pátria. Carta na manga, por razões óbvias, do governador Eduardo Riedel, tirada por Reinaldo Azambuja e colocada nas mãos do fiel escudeiro Sérgio de Paula para invocar os poderes do Mágico de Oz. Sim, porque só uma solução mágica (leia-se, tetas gordas da barrosa) para atender aos an$eios dos deputados Geraldo Resende, Lia Nogueira e Zé Teixeira, além, claro, do sempre guloso Marçal Filho, todos tidos como possíveis candidatos pelo PSDB.  

Descrito como “batom na cueca” de Bolsonaro nos programas jornalísticos onde se é permitido esse tipo de expressão, principalmente os das TV por assinatura, o mais recente escândalo envolvendo o espólio de Bolsonaro pode fazer também o PT repensar sua estratégia em Dourados. Senão pelo mesmo motivo dos tucanos, que retroagem no apelo da força do slogan – agora vai! – da primeira campanha de governador do coronel Azambuja, pela oportunidade de reafirmação dos preceitos que alicerçaram a formação do maior partido de esquerda das Américas. Acéfalos depois dos áureos tempos Tetila, os lulistas douradenses, que, pelas mesmas razões dos deserdados do PSDB também estão de olho no balde de leite da barrosa de Alan Guedes, agora se veem diante de um novo cenário. Em vez do lançamento do decano vereador Elias Ishy como candidato faz-de-conta, apenas para garantir uma bancada no Jaguaribe, retomando a candidatura do professor Tiago “amigo do Lula” Botelho ou até apressando o processo de burilamento da pepita que guardam com tanto zelo, a professora sindicalista, agora deputada, Gleice Jane. Efetivamente, o fato novo na eleição, escanteando o lendário Archimedes Ferrinho Lemes Soares para a condição de imponderável.

Isso tudo, claro, assistindo ao novo terremoto político ainda sob o impacto do peso da caneta do ministro Alexandre de Moraes, que, em todo esse já duradouro imbróglio, faz um histórico contraponto a outro salvador da Pátria (Sasá Mutema, personagem de Lima Duarte, um boia-fria, como Lula, apaixonado pela professora Clotilde, de Maitê Proença, que vira presidente) da novela de Lauro César Muniz.

Caso o tiro de Xandão saia pela culatra, aí, sim, o país vira o caos, prevalecendo a profecia de Bolsonaro na fatídica reunião preparatória do golpe. Com Bolsonaro preso, fica a expectativa de instalação da anarquia geral. Neste caso, em vez de indicar a mulher para vice de Alan Guedes, podendo o deputado Rodolfo Nogueira até subir a rampa da prefeitura, com um grupo de ruralistas armados até os dentes, para tentar tomar a cadeira de Alan Guedes. Menos mal que no reverso da situação, prevalecendo o ideário de Xandão e Cia., o presidente Lula, mais forte que nunca, bateria na mesa, mandando Tiago Botelho, Elias Ishy e Gleice Jane sossegarem o facho, nesses tempos tão belicosos, sacando o nome do velho ‘cumpanhêro’, o bom professor, major Tetila. Pela paz, pelo menos na terra de seu Marcelino, mas originalmente também do tenente Antônio João Ribeiro, herói de outra guerra, aqui mesmo, onde o Brasil foi Paraguai. 

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